O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quarta-feira, 9 de abril, uma pausa de 90 dias na cobrança de tarifas para países que não retaliaram contra as políticas comerciais americanas. Essa medida visa reduzir as tarifas recíprocas para 10% durante esse período, promovendo uma expectativa de alívio nas tensões comerciais globais. Por outro lado, a China enfrentará um aumento brutal nas tarifas, que saltarão para 125%, em resposta às recentes retaliações de Pequim.
A medida de Trump reflete uma tentativa de reconstruir a confiança no comércio internacional, após uma escalada notável na guerra comercial que envolveu a implementação de tarifas mais altas sobre 56 países e a União Europeia. Com o mercado em queda e a crescente preocupação sobre uma possível recessão econômica, a decisão de interromper temporariamente as tarifas pode ser vista como uma ação estratégica para reverter a turbulência recente nos mercados financeiros.
A China, em particular, é o foco dessa nova política tarifária. Passando de 104% para 125%, o aumento significativo nas tarifas americanas responde diretamente às retaliações de Pequim, que haviam incluído tarifas adicionais de 84% sobre produtos dos EUA. Ao anunciar esses novos percentuais, Trump's statement sugere uma mudança de tom, alertando que a exploração econômica dos Estados Unidos não será mais tolerada.
A resposta dos mercados financeiros ao anúncio foi substancial e otimista. Logo após a revelação dessa pausa nas tarifas, o índice Dow Jones Industrial Average viu um aumento de mais de 5%, enquanto o Nasdaq registrou uma alta superior a 7%. Essa reação positiva indica a esperança dos investidores de que a suspensão temporária das tarifas possa oferecer um respiro necessário para a economia global.
Entretanto, mesmo com esse anúncio, a relação entre os Estados Unidos e a China continua marcada por tensões. Pequim já começou a adicionar empresas americanas a uma lista de "entidades não confiáveis", o que sugere que o clima de desconfiança e competição acirrada não está prestes a desaparecer. O futuro das relações comerciais entre os dois países ainda é incerto e dependerá de negociações futuras e da capacidade de ambos os lados de evitar um confronto ainda maior.