Um juiz federal nos Estados Unidos decidiu que o ex-presidente Donald Trump deverá enfrentar uma ação judicial por difamação movida pelos conhecidos "Central Park Five", cinco homens que foram falsamente condenados e posteriormente exonerados. A decisão, proferida na última quinta-feira, dia 10 de abril de 2025, é um marco que permite que a ação prossiga, obrigando Trump a responder em tribunal às acusações de declarações difamatórias feitas contra os réus.
O episódio dos "Central Park Five" remonta a 1989, quando cinco adolescentes, sendo eles negros ou hispânicos, foram acusados de estuprar uma corredora em Central Park, Nova York. Os jovens foram condenados, mas em 2002, um homem se confessou culpado e os inocentou, culminando em sua exoneração. Durante o caso original, Trump lançou uma campanha publicitária pedindo a pena de morte para os acusados, expressão que se tornou um exemplo de suas declarações polarizadoras.
A presente ação judicial é consequência de comentários disparados por Trump em 2023, onde os acusados alegam que suas palavras foram difamatórias. Com a decisão judicial, a trajetória do processo segue, acentuando mais uma vez o envolvimento de Trump em litígios legais desde seu retorno à Casa Branca.
Os desdobramentos desta decisão impactam tanto o ex-presidente quanto os "Central Park Five". Para Trump, a continuação da batalha legal representa mais um desafio para sua imagem pública e carreira política. Para os cinco homens, trata-se de uma busca por justiça, reivindicando reparações por declarações que, segundo eles, causaram sérios danos a suas reputações. Além disso, o caso evidencia questões profundas de justiça racial e ressalta a importância de responsabilizar figuras públicas por suas falas.