O governo dos Estados Unidos tomou uma medida drástica ao congelar mais de 1,7 bilhões de dólares em financiamento para as universidades Cornell e Northwestern, inserindo-se em uma abordagem mais rigorosa em relação a atividades pró-palestinas em campi universitários. O congelamento abrange contratos e subvenções de diversos departamentos, incluindo Agricultura, Defesa, Educação e Serviços de Saúde.
A Universidade Cornell, que já recebeu mais de 75 ordens de paralisação de trabalhos do Departamento de Defesa, ainda não confirmou formalmente o congelamento de mais de 1 bilhão de dólares. Por outro lado, Northwestern não recebeu uma notificação oficial até o momento.
A ação do governo faz parte de uma série de medidas implementadas durante a administração Trump, visando combater o que é considerado discriminação racial e antissemitismo nas universidades. Ambas as instituições estão entre 60 universidades que enfrentaram advertências recentemente. Um exemplo notável é a Universidade Columbia, que teve cerca de 400 milhões de dólares em subvenções federais cancelados devido a denúncias sobre a inadequada abordagem do antissemitismo em seu campus.
Cornell ressaltou que as pesquisas impactadas são "profundamente significativas para a defesa, cibersegurança e saúde americanas". Já Northwestern destacou que o financiamento é crucial para "pesquisas inovadoras e que salvam vidas." Este congelamento não apenas afeta a continuidade de projetos vitais, mas também ressalta a pressão que tem sido exercida sobre ativistas pró-palestinos, com reportagens sobre detenções de estudantes em diversas instituições.
As instituições afetadas expressaram serias preocupações em relação ao impacto dessas ações nas suas atividades de pesquisa e ensino. A comunidade acadêmica permanece atenta às amplas implicações políticas e sociais desta repressão, que podem prejudicar a liberdade de expressão e a diversidade de pensamentos nos campi universitários.