Após uma queda dramática de US$ 280 bilhões em apenas três sessões, o índice Nifty 50 da Índia inicia um processo de recuperação. O impacto negativo nos mercados foi desencadeado por tarifas anunciadas pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, causando uma das maiores selloffs dos últimos meses. Essa situação criou um clima de aversão ao risco entre investidores globais, refletindo-se na acentuada volatilidade do Nifty.
No coração dessa tempestade, os investidores institucionais estrangeiros (FIIs) registraram vendas massivas. Em um único dia, as vendas totalizaram aproximadamente US$ 1,05 bilhão em ações indianas. Em contraste, os investidores institucionais domésticos (DIIs) buscaram contrabalançar essa tendência negativa ao adquirirem US$ 1,41 bilhão em ações, demonstrando um esforço para estabilizar o mercado. A volatilidade do Nifty atingiu um marco preocupante, com um aumento de 66% em um único dia, o maior registrado nos últimos dez anos.
Os sinais de recuperação não se limitam ao Nifty, uma vez que os mercados asiáticos, como o Nikkei 225 e o Hang Seng, abriram em alta, sugerindo uma possível recuperação parcial após a queda anterior. Entretanto, a incerteza ainda paira sobre as expectativas dos investidores, especialmente com a iminente reunião do Reserve Bank of India (RBI). Muitos aguardam ansiosos por um possível anúncio de uma política monetária que pode incluir uma redução nas taxas de juros, visando aliviar a pressão econômica atual.
Entre os setores que se destacaram na recuperação, o setor de metais e o de bens de consumo duráveis foram os que mais se valorizaram. O Nifty Metal, por exemplo, subiu impressionantes 2,99%, enquanto o Consumer Durables Index teve um aumento de 3,25%. Grandes players do mercado, como Titan e Tata Steel, mostraram-se resilientes e lideraram o crescimento no Sensex, refletindo uma adaptação positiva diante das adversidades.
A recuperação do Nifty não apenas revela a resiliência do mercado indiano, mas também levanta questões sobre a influência contínua de políticas externas, como as tarifas dos EUA. A instabilidade atual pode continuar a moldar as decisões dos investidores, que permanecem em alerta e vigilantes às próximas movimentações econômicas e políticas, tanto no cenário nacional quanto no internacional.