A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) dará um passo significativo nesta quarta-feira, às 19h, com o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa das Comunidades Terapêuticas. O evento será realizado no plenário da CLDF e poderá ser acompanhado ao vivo pela TV Distrital e pelo canal do YouTube da casa legislativa.
O principal objetivo da criação dessa Frente é promover e fortalecer políticas públicas que garantam o acolhimento e tratamento de pessoas que enfrentam transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas. Essa iniciativa é uma resposta à crescente necessidade de suporte para dependentes químicos e será liderada por sete deputados distritais, entre eles o Pastor Daniel de Castro (PP) e outros representantes de diferentes partidos, como Pepa (PP), Robério Negreiros (PSD) e Paula Belmonte (Cidadania).
No Brasil, as comunidades terapêuticas são regulamentadas pela Lei 11.343/2006 e sua atuação foi aprimorada pela Lei 13.840/2019. Elas oferecem acolhimento residencial temporário a pessoas que buscam ajuda para problemas de dependência química.
Essas instituições integram a Rede de Atenção Psicossocial do SUS desde 2011, focando não apenas na abstinência, mas também na reinserção social e econômica dos acolhidos. Atualmente, existem 1.963 comunidades terapêuticas em todo o Brasil, com mais de 83 mil vagas disponíveis, sendo que no Distrito Federal estão em funcionamento mais de 40 clínicas.
Além do lançamento da Frente Parlamentar, a CLDF também está analisando o Projeto de Lei nº 1401/2024, proposto pelo deputado Pastor Daniel de Castro. O projeto sugere a inclusão da "Semana Distrital das Comunidades Terapêuticas" no calendário oficial de eventos do DF, com o intuito de dar mais visibilidade e reconhecimento ao papel delas na recuperação de dependentes químicos. A data escolhida para a celebração remete à fundação da primeira comunidade terapêutica nos Estados Unidos, em 1958.
Este projeto, assim como a própria Frente Parlamentar, reflete um compromisso em fortalecer as políticas de saúde mental e apoio às comunidades que trabalham para a recuperação de dependentes químicos. O cenário atual demanda uma atuação mais efetiva e integrada entre os diversos órgãos públicos e a sociedade civil para que avanços reais sejam conquistados.