Os investidores globais estão em alerta máximo diante da grave queda nos mercados financeiros, resultado do anúncio recente de tarifas comerciais por parte do governo dos Estados Unidos. Nesta segunda-feira, 7 de abril de 2025, bolsas na Ásia, Europa e América do Norte apresentaram perdas significativas, levando os mercados a se preocuparem com uma possível nova "segunda-feira negra".
Na Ásia, o índice Hang Seng em Hong Kong despencou 13%, enquanto o Nikkei 225 do Japão recuou mais de 8%. Esses números refletem a crescente inquietação entre os investidores, que temem que a situação continue a se deteriorar. Na Europa, o Stoxx 600 registrou uma queda de 6,3% assim que as negociações se iniciaram, enquanto Lisboa seguiu a tendência com uma perda de 6,5%. Nos Estados Unidos, o S&P 500 está à beira de entrar em um território de mercado em baixa, sinalizando uma possível perda de mais de 20% em relação aos picos alcançados em fevereiro.
O impacto das novas tarifas comerciais foi imediato, e as bolsas asiáticas foram as primeiras a sofrer. O índice Shangai Composite atingiu mínimos de cinco anos, com uma queda superior a 7%. Na Europa, os principais índices, como o Euro STOXX 50 e o DAX da Alemanha, também apresentaram perdas, caindo 4% e 3,5%, respectivamente. Nos Estados Unidos, as ações do setor tecnológico foram particularmente atingidas, com a Tesla registrando uma queda de mais de 5% nas transações pré-mercado.
O anúncio das tarifas por Donald Trump não apenas provocou uma queda nos preços das ações, mas também gerou um sentimento generalizado de aversão ao risco. Instituições financeiras como a J.P. Morgan estimam em 60% a probabilidade de uma recessão tanto nos Estados Unidos quanto globalmente. Esse cenário se agrava por causa de pressões inflacionárias internas e possíveis retaliações protecionistas. O Goldman Sachs, por sua vez, aumentou a probabilidade de recessão nos Estados Unidos para 45% nos próximos 12 meses, destacando a gravidade da situação.
Em meio a essa turbulência, os investidores passaram a prever um possível alívio nas políticas monetárias, com a expectativa de cortes nas taxas de juros por parte do Federal Reserve (Fed) para mitigar os danos econômicos. No entanto, a incerteza ainda predomina nos mercados, levando especialistas a traçar paralelos com crises anteriores, como a crise financeira de 2008 e a infamous Segunda-Feira Negra de 1987. A comparativa revela a gravidade e os riscos associados à atual situação do mercado, deixando muitos investidores em estado de alerta.
Com as tensões comerciais aumentando e sinais de um possível desaceleramento econômico, a situação requer uma atenção especial. As decisões que estão sendo tomadas agora podem ter repercussões significativas nos próximos meses e anos, tanto para os investidores individuais quanto para a economia global como um todo.