As bolsas de valores na Ásia e na Europa apresentaram quedas acentuadas na segunda-feira, 7 de abril de 2025, em meio ao temor crescente de uma guerra comercial que pode afetar negativamente a economia global. A situação crítica foi desencadeada pela imposição de tarifas universais de 10% sobre todas as importações por parte do governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, a partir de 5 de abril.
O impacto nas bolsas asiáticas foi devastador. O índice Nikkei 225, por exemplo, viu uma queda de 7,8%, enquanto o Kospi de Seul perdeu 5,6%. O S&P/ASX 200 em Sydney registrou um recuo de 4,2%. O índice Hang Seng de Hong Kong, por sua vez, enfrentou uma queda de 13,22%, marcando o maior declínio em um único dia desde a crise financeira asiática de 1997. Em resposta, a China retaliou, implementando tarifas de 34% sobre produtos americanos e impondo controles de exportação para minerais raros, como o gadolínio e o ítrio.
Os mercados europeus também não escaparam da turbulência. O índice pan-europeu Stoxx 600 despencou 5,8%, com a Bolsa de Frankfurt recuando em impressionantes 7,86%. Cidades como Paris, Londres e Madri também foram afetadas com quedas de 6,19%, 5,83% e 3,6%, respectivamente. Essa reação imediata dos investidores reflete um clima de medo e incerteza diante da possibilidade de uma recessão global que pode ser induzida pela escalada das tensões comerciais.
A proliferação das tarifas e as medidas de retaliação se traduzem em um cenário econômico sombrio. A China, ao anunciar tarifas adicionais e controles de exportação, busca proteger os interesses das empresas nacionais, além de pressionar os Estados Unidos a reavaliar suas estratégias comerciais. O vice-ministro do Comércio da China, Ling Ji, enfatizou que essas tarifas são essenciais para a defesa dos direitos das companhias, incluindo aquelas de origem americana.
Os economistas demonstram preocupação com os possíveis efeitos prolongados dessa guerra comercial. Steve Cochrane, da Moody's Analytics, alerta que a recessão nos EUA pode se estender por um período de cerca de um ano, instigando uma aversão ao risco generalizada entre os investidores. Neste clima de incertezas, muitos têm buscado refúgios seguros, como o ouro e títulos do Tesouro americano, como forma de proteger seus investimentos.<\/p>\n
A situação atual nos mercados globais é marcada pela incerteza, com as bolsas asiáticas e europeias enfrentando quedas profundas. A postura firme de Trump e as retaliações da China incrementam as chances de uma recessão global, deixando investidores apprehensivos e na expectativa de novos desdobramentos que possam trazer alguma estabilidade ao cenário econômico.