No início da manhã de domingo, a Rússia executou um intenso ataque aéreo contra a capital da Ucrânia, Kyiv. Segundo o prefeito Vitali Klitschko, este ataque resultou na morte de pelo menos uma pessoa e deixou três feridos, além de causarem incêndios em edifícios não residenciais e danos em um prédio de escritórios. Este evento se insere em uma sequência de operações militares que prosseguem, mesmo com as negociações de cessar-fogo mediadas pelos Estados Unidos.
O ataque aéreo em Kyiv faz parte de uma ofensiva maior, conforme relatado pela Força Aérea ucraniana, que indicou o lançamento de 23 mísseis e 109 drones de ataque. Desses, 13 mísseis e 40 drones foram interceptados, enquanto 53 drones foram perdidos sem causar danos. Explosões foram ouvidas em várias localidades do país, incluindo Sumy, Kharkiv, Khmelnytskyi, Cherkasy e Mykolaiv, aumentando as tensões já elevadas na região.
A Ucrânia responsabiliza a Rússia por desrespeitar um pacto, que visava congelar ataques à infraestrutura energética e no Mar Negro, assinado no mês anterior. Andriy Yermak, chefe do gabinete do presidente Volodymyr Zelenskyy, declarou que os ataques russos estão aumentando tanto em intensidade quanto em frequência, levantando a suspeita de que Moscou não busca uma solução pacífica e, ao contrário, está determinada a ceifar vidas ucranianas. O presidente Zelenskyy também fez um apelo por maior pressão internacional para interromper os ataques, especialmente em resposta ao recente ataque em Kryvyi Rih que resultou na morte de 19 pessoas, incluindo nove crianças.
Enquanto as negociações para um cessar-fogo continuam, a Rússia tem enfrentado críticas severas por não cumprir acordos estabelecidos. A Ucrânia se mostrou disposta a aceitar termos que visam encerrar as hostilidades, mas Moscou ainda não respondeu favoravelmente. A situação se mantém tensa, com ambos os lados realizando ataques a longa distância enquanto as conversas para a paz continuam, gerando incertezas sobre o futuro imediato.