Em um cenário político acirrado, a Aliança Democrática (AD), sob a liderança de Luís Montenegro, consolidou uma vantagem significativa nas intenções de voto para as eleições legislativas marcadas para 18 de maio. De acordo com a mais recente pesquisa da Pitagorica, a AD alcançou 34,4% das preferências, à frente do Partido Socialista (PS), que registra 27,8%. Este pleito se torna um teste decisivo para a AD na busca pela manutenção do poder, especialmente após o colapso de seu governo minoritário em março.
A eleição de maio decorre do colapso do governo de Luís Montenegro, que se viu em dificuldade ao perder a confiança do parlamento. Esta crise se exacerbou por questões relacionadas à integridade da sua gestão familiar. A AD, que é uma coalizão formada pelo Partido Social Democrata (PSD) e o CDS – Partido Popular (CDS–PP), agora enfrenta o desafio crítico de assegurar uma maioria parlamentar sem o amparo do partido de extrema-direita Chega, que atualmente conta com 14,9% das intenções de voto.
A recente pesquisa também destacou a trajetória do Chega, que, apesar de um aumento na popularidade, ainda não conseguiu repetir os 18% obtidos nas eleições anteriores. A Liberal Initiative, com 6% das intenções de voto, emerge como uma potencial aliada para a AD, embora seu suporte ainda não seja suficiente para garantir uma maioria absoluta no parlamento. Além disso, uma fatia considerável de eleitores continua indecisa, com 18,6% dos entrevistados sem uma escolha definida, o que pode influenciar os resultados futuros.
O principal desafio que se coloca diante da Aliança Democrática é obter apoio suficiente para a formação de um governo estável. A recusa de Montenegro em estabelecer negociações com o Chega posiciona a Liberal Initiative como a principal alternativa de aliança. No entanto, mesmo com o aumento nas intenções de voto, a Liberal Initiative ainda se mostra insuficiente para proporcionar os 116 assentos necessários para uma maioria no parlamento, aumentando as incertezas sobre o futuro político do país.