O deputado Gilvan da Federal, do PL-ES, é alvo de uma investigação após realizar declarações perturbadoras durante uma sessão na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. O parlamentar expressou desejos de morte em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao afirmar que nem o diabo o quererá, mencionando até que o presidente teria um ataque cardíaco.
A Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) irão aprofundar a investigação. A Advocacia-Geral da União (AGU) já tomou a iniciativa de encaminhar uma notificação à PF e à PGR para que sejam analisadas as falas do deputado, consideradas por muitos como incitação ao crime e ameaça. Essas declarações levantam questionamentos sobre os limites da imunidade parlamentar, que é protegida pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
A discussão acalorada ocorreu enquanto a comissão deliberava sobre um projeto de lei controverso que proíbe o uso de armas de fogo por seguranças pessoais do presidente e ministros, uma medida que tem gerado debates intensos. Aprovado pela Comissão de Segurança Pública, o projeto está a caminho de outras comissões antes de seguir para votação no Senado.
A situação provoca uma reflexão profunda sobre a responsabilidade dos parlamentares nas declarações públicas, além das implicações legais que tais palavras podem ter em um cenário político já carregado de tensões. A sociedade aguarda agora os desdobramentos da investigação e possíveis ações legais contra o deputado, que já se tornou um nome controverso em Brasília.
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