No início da tarde de quinta-feira, 20 de março, um trágico acidente ocorreu no Centro do Rio de Janeiro quando um casarão na Rua Senador Pompeu desabou parcialmente, resultando na morte de um homem que estava em um carro que foi atingido pelos escombros. A vítima, identificada como Marcus Vinícius de Paula Nascimento, de 38 anos, ficou soterrada dentro do veículo. Outros dois carros e uma moto também foram atingidos durante o incidente, que provocou a queda de postes e levou à interdição da rua para garantir a segurança dos pedestres e moradores da área.
O casarão, que anteriormente abrigava uma loja de doces, estava vazio e apresentava sinais claros de deterioração avançada. Vistorias realizadas pela Defesa Civil nos anos de 2023 e 2024 já haviam alertado sobre o risco iminente de desabamento, mas o proprietário, apesar das notificações e recomendações, não adotou medidas corretivas que pudessem evitar a tragédia. Este casarão é tombado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, o que acarreta ainda mais preocupação com a preservação do patrimônio histórico na região.
A 4ª Delegacia de Polícia (Presidente Vargas) agora investiga o acidente e o delegado Mário Andrade levantou a possibilidade de indiciamento do proprietário por desabamento doloso, dado o resultado fatal do incidente. A Secretaria Municipal de Conservação iniciou a demolição do que restou do casarão já no dia seguinte ao desabamento, permitindo que os moradores e comerciantes das proximidades pudessem retirar seus pertences e mercadorias com segurança.
Este não é um caso isolado. Em início de março, outro casarão localizado na Avenida Mem de Sá, também no Centro do Rio, apresentou desabamento de sua fachada, mas felizmente sem feridos. No entanto, esse imóvel está atualmente sendo depenado, com relatos de furtos de peças históricas significativas, intensificando as preocupações com a segurança e manutenção do patrimônio cultural da cidade.
A situação destaca a urgência das autoridades em promover a conservação adequada dos imóveis históricos e a necessidade de responsabilização de proprietários que negligenciam a manutenção de seus bens, colocando em risco a vida de pessoas e a integridade do patrimônio cultural carioca.