No dia 29 de março de 2025, o Exército do Sudão anunciou a conquista de um importante mercado em Omdurman, a cidade irmã da capital, Cartum. Esta ação ocorre em meio a um conflito armado que se estende por quase dois anos entre o Exército e as Forças de Apoio Rápido (RSF), lideradas pelo general Mohamed Hamdan Daglo.
A ofensiva mais recente do Exército resultou na recuperação de várias áreas estratégicas, incluindo o palácio presidencial e o aeroporto de Cartum. Desde abril de 2023, quando o conflito teve início, a violência resultou em um número alarmante de mortes e deslocamentos, com a ONU destacando que o Sudão enfrenta a pior crise humanitária do momento.
O conflito no Sudão começou como uma luta pelo poder entre o general Abdel Fatah al Burhan e seus adversários das RSF, trazendo destruição e desespero para uma população já fragilizada. Dados da ONU indicam que mais de 12 milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas, enquanto a fome e a violência étnica se espalham por diversas regiões do país.
Com a recente captura do Souq Libya, um dos maiores centros comerciais do Sudão, o Exército passou a controlar uma área vital, onde foram apreendidas armas e equipamentos das RSF. Este movimento não apenas intensifica o domínio militar do Exército no território, mas também levanta preocupações sobre o que está por vir na já tensa situação do país.
Por sua vez, as RSF negaram qualquer rendição, alegando que simplesmente reposicionaram suas forças. Apesar disso, relatos de testemunhas indicam que alguns combatentes das RSF não permaneceram na capital após a ofensiva, sugerindo um possível recuo estratégico em face da pressão militar do Exército.
À medida que o Exército do Sudão intensifica suas operações, o futuro do país permanece incerto. As divisões territoriais continuam, com o Exército dominando o leste e norte, enquanto as RSF controlam a região de Darfur e partes do sul. Sem um acordo de paz à vista, a população enfrenta um futuro sombrio, marcado pela crise humanitária e pela violência persistente.