O ex-jogador brasileiro Daniel Alves, após ser absolvido das acusações de agressão sexual na Espanha, se prepara para receber uma indenização milionária estimada em R$ 900 mil. A decisão foi proferida pelo Tribunal Superior da Catalunha, que anulou a sentença anterior de quatro anos e seis meses de prisão, resultante do caso que ganhou notoriedade internacional.
Alves foi acusado de estuprar uma jovem de 23 anos durante uma festa em uma discoteca em Barcelona, no final de 2022. As informações sobre o caso revelam que o ex-jogador sempre negou as acusações, alegando que a relação sexual foi consensual. Ele foi detido em janeiro de 2023, e a condenação aconteceu em fevereiro de 2024, mas a sua liberdade provisória foi concedida após o pagamento de uma fiança de um milhão de euros.
A decisão unânime do tribunal de absolver Alves se baseou em aspectos que questionaram a credibilidade do testemunho da vítima. Os juízes identificaram inconsistências entre o relato dela e as evidências materiais apresentadas, incluindo exames de DNA e impressões digitais. A falta de uma análise mais minuciosa das evidências e a aceitação, sem um exame crítico, do depoimento da vítima foram citadas como falhas pelo tribunal.
A advogada da vítima, Ester Garcia, já anunciou a intenção de recorrer da decisão, considerando-a um retrocesso nas lutas contra a violência sexual. Por outro lado, a defesa de Alves comemorou a absolvição, afirmando que a justiça foi feita, um contraste claro nas reações à decisão judicial.
A absolvição de Alves gerou um intenso debate sobre as implicações sociais e jurídicas deste caso. Especialistas apontam que a decisão pode desestimular denúncias de violência sexual, levantando preocupações sobre a proteção dos direitos das vítimas. Além disso, o caso sublinha a importância de uma investigação rigorosa e da presunção de inocência, aspectos críticos em processos judiciais relacionados a crimes sexuais.
Enquanto a luta pela igualdade e segurança continua, a controversial absolvição de Daniel Alves deve ser acompanhada de perto, uma vez que pode ter repercussões significativas no tratamento jurídico de casos semelhantes no futuro.