A recente discussão sobre a controvérsia em torno da decisão de Joel ao final do primeiro jogo de The Last of Us reacendeu debates intensos entre os fãs e críticos da franquia. Joel, o protagonista da trama, interpretado por Pedro Pascal na série da HBO, fez uma escolha drástica: ao resgatar Ellie das mãos dos Fireflies, ele não apenas sacrificou uma possível cura para a humanidade, mas também levantou questões complexas sobre a moralidade de suas ações.
Nos últimos anos, os criadores da franquia, incluindo Neil Druckmann, têm mantido um diálogo aberto sobre as implicações dessa decisão, explorando o dilema ético que Joel enfrentou. Para muitos, a ação de Joel é vista como egoísta, priorizando a vida de Ellie em detrimento de uma cura que poderia salvar milhões. Este ato de amor paterno, no entanto, provoca uma reavaliação das ideias tradicionais de heroísmo.
Joel é frequentemente classificado como um anti-herói, apresentando uma jornada emocional repleta de nuances. A princípio, ele aparece como um sobrevivente que se preocupa exclusivamente com a própria segurança. No entanto, a profunda conexão que ele desenvolve com Ellie ao longo do caminho transforma sua individualidade em um vínculo familiar. Essa transição é essencial para entender sua escolha final e o seu impacto na narrativa do jogo.
No clímax do primeiro jogo, Joel descobre a intenção dos Fireflies de realizar uma cirurgia em Ellie, que resultaria na extração do fungo Cordyceps. Este procedimento, embora promissor para um tratamento, custaria a vida da jovem. A decisão de Joel de agir, resgatando Ellie e eliminando vários membros dos Fireflies, incluindo o seu líder Marlene, gera um profundo questionamento sobre sua moralidade. Ao proteger Ellie, Joel se torna um símbolo de amor paternal, mas ao mesmo tempo, suas ações podem ser vistas como uma traição à esperança de um futuro melhor para a humanidade.
As consequências da escolha de Joel se estendem na sequência, The Last of Us Part II, onde temas de vingança e ciclos de violência emergem com força. Abby, uma das novas protagonistas que busca vingança pela morte de seu pai, o médico que seria responsável pela cirurgia em Ellie, evidencia a complexidade das relações entre os personagens e como as ações de Joel reverberam através do tempo e do espaço. O jogo traz uma crítica ao conceito de justiça e os custos emocionais que a vingança pode acarretar.
Os criadores da série têm continuamente instigado o público a refletir sobre a moralidade nas suas narrativas. Até agora, não houve um posicionamento definitivo de Neil Druckmann sobre se Joel estava ou não "certo" em sua escolha, mas suas obras desafiam constantemente as expectativas do público. Através do seu enredo, The Last of Us questiona os limites entre o bem e o mal, apresentando Joel como um herói e um vilão, dependendo da perspectiva.
Enquanto a discussão sobre as ações de Joel continua a evoluir, não há dúvida de que o impacto emocional de sua decisão permanecerá relevante para os fãs. Este debate destaca não apenas a profundidade da narrativa de The Last of Us, mas também o poder das decisões humanas em um mundo em crise.
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