A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) iniciou o processo de integração de funcionários do Departamento de Eficiência do Governo (DOGE), uma ação que surpreende o mercado e levanta questionamentos sobre a segurança da informação. Essa iniciativa, prevista para março de 2025, tem como objetivo otimizar a eficiência das agências federais e reduzir gastos com o dinheiro público.
Conforme um email interno, a SEC facilitará o acesso dos funcionários do DOGE a suas redes, sistemas e dados, com o intuito de melhorar a operação e oferecer uma melhor gestão dentro do governo. A equipe de ligação criada para esta implementação tem como foco promover a cooperação entre as instituições e garantir uma integração eficiente das informações.
A integração do DOGE à SEC é parte de um plano mais amplo que visa cortar custos federais, liderado por Elon Musk. O DOGE já priorizou a eliminação de mais de 100.000 empregos no setor público, buscando uma economia estimada de até US$ 50 bilhões nos próximos meses. A movimentação ocorre em um momento crítico para a SEC, que supervisiona mais de US$ 100 trilhões em mercados financeiros nos Estados Unidos.
Além da redução de custos, a SEC enfrentará desafios significativos ao lidar com a perda de conhecimento institucional, em razão de buyouts voluntários oferecidos a seus funcionários. Este cenário suscita preocupações sobre o impacto que a alteração na estrutura pode ter na supervisão de mercados e na proteção de investidores.
A medida gerou reações misturadas dentro do âmbito político. Legisladores como a Rep. Maxine Waters e o Rep. Brad Sherman expressaram suas apreensões em relação à segurança das informações sensíveis. Eles alertam que das consequências potenciais da concessão de acesso ao time de Elon Musk podem ser devastadoras para a integridade dos mercados, o que levanta questões sobre a capacidade da SEC de regular adequadamente o sistema financeiro.
A integração do DOGE na SEC marca uma mudança significativa que promete impactar não somente a eficiência do setor público, mas também a confiança do mercado e a estabilidade das agências governamentais a longo prazo.