No dia 28 de março, um poderoso terremoto de magnitude 7.7 atingiu a região central de Mianmar, resultando em uma tragédia que deixou pelo menos 144 mortos e 732 feridos. O epicentro do tremor foi localizado a apenas 16 km a noroeste da cidade de Mandalay, com uma profundidade de apenas 10 km, o que intensificou a devastação.
Com a intensidade do terremoto, o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) emitiu um alerta sobre o alto risco de liquefação do solo, um fenômeno geológico perigoso que pode afetar de mil a dez mil quilômetros quadrados do território birmanês, colocando em risco mais de um milhão de pessoas.
A liquefação do solo é um processo que ocorre quando sedimentos frouxamente compactados e saturados de água perdem sua resistência devido a fortes tremores. Nesse estado, o solo se comporta como um líquido, resultando em danos estruturais significativos, como o colapso de edifícios e deformações permanentes na superfície do solo.
O impacto do terremoto se estendeu além das fronteiras de Mianmar, afetando também países vizinhos. Na Tailândia, pelo menos nove pessoas perderam a vida após a queda de construções em Bangkok. Na China, áreas próximas à fronteira com Mianmar relataram feridos e danos materiais consideráveis.
Diante da magnitude da crise, a resposta internacional foi rápida. O secretário-geral da ONU, António Guterres, anunciou que as Nações Unidas estão prontas para oferecer assistência às vítimas. A Cruz Vermelha também expressou preocupação com a infraestrutura danificada e com a segurança das represas locais, evidenciando a urgência da situação e a necessidade de solidariedade global.
Em um cenário onde a combinação de terremotos e liquefação do solo apresenta riscos extremos, a vigilância e a ajuda humanitária se tornam essenciais para mitigar os efeitos dessa tragédia devastadora.