Mahmoud Khalil, estudante da Columbia University, continua detido na Louisiana, aguardando a decisão de um juiz federal sobre se seu caso deve ser transferido para o estado ou permanecê-lo em Nova Jersey. Khalil, um ativista pró-palestino, foi preso no dia 8 de março durante uma operação de imigração vinculada à administração de Donald Trump. Essa ação faz parte de um esforço mais amplo da administração, que categoriza protestos universitários de apoio à Palestina como "antissemíticos" e "anti-americanos".
Khalil, que nasceu em um campo de refugiados palestinos na Síria e se tornou residente permanente dos EUA no ano passado, teve sua detenção marcada por controvérsias. Alega-se que sua prisão é uma represália devido a suas atividades políticas legítimas, enquanto o governo dos EUA alega que sua permanência prejudica os interesses de política externa do país.
A detenção de Khalil ocorreu em Manhattan, inicialmente levando-o a um centro de detenção em Nova Jersey. Após isso, ele foi transferido para a Louisiana. Seus advogados solicitaram que fosse libertado, dada a situação de sua esposa, cidadã americana, que está prestes a dar à luz em abril. A administração Trump, alegando que a presença de estudantes estrangeiros que participaram de protestos pode ser prejudicial, revogou os vistos de diversos estudantes envolvidos em ações semelhantes contra o apoio militar dos EUA a Israel.
A disputa sobre a jurisdição do caso é um ponto crucial. Os advogados do governo buscam a transferência do caso para a Louisiana, onde Khalil encontra-se aprisionado atualmente, enquanto seus representantes desejam que o caso permaneça em Nova Jersey, mais acessível para que ele possa estar próximo de sua esposa. O juiz Michael Farbiarz, da corte de Newark, ainda não se manifestou sobre quando sua decisão será emitida.
A prisão de Khalil, juntamente com a detenção de outros ativistas pró-palestinos, é vista como uma tática política da administração Trump. Khalil expressou que sua detenção representa um "racismo anti-palestino" vigente nos Estados Unidos. De acordo com seus advogados, ele está sofrendo penalidades por sua atuação política, ao passo que o governo argumenta que sua presença contraria os interesses estratégicos do país.
Espera-se que Khalil compareça a uma audiência de remoção no dia 8 de abril, o que poderá trazer novos desdobramentos para sua situação legal e sua luta pela liberdade.