O recente terremoto que atingiu Mianmar e o Sudeste Asiático trouxe à tona uma questão crítica: o elevado risco de liquefação do solo. O fenômeno foi destacado pelo USGS após o tremor de magnitude 7,7 ocorrido em 28 de março de 2025, que teve seu epicentro próximo à cidade de Mandalay. Este terremoto não apenas causou destruição em território birmanês, mas também afetou a Tailândia, onde um arranha-céu em construção desabou em Bangkok.
A liquefação do solo é um fenômeno geológico que se manifesta quando o solo saturado perde sua resistência devido à intensa vibração, tornando-se semelhante a um líquido. Essa situação pode levar a deslizamentos e danos significativos em infraestruturas, especialmente em áreas com solo arenoso ou argiloso. Os especialistas alertam que os impactos desse desastre podem ser ainda mais severos em áreas já comprometidas pela atividade sísmica.
As autoridades locais estão mobilizadas em resposta ao evento devastador, com esforços contínuos para resgatar sobreviventes e fornecer assistência às vítimas. Até o momento, o sismo causou ao menos 144 mortes em Mianmar, além de 8 na Tailândia, com muitos feridos e desaparecidos. A comunidade internacional está de olho na situação, com ofertas de apoio humanitário e técnico para ajudar na recuperação das áreas afetadas.
No entanto, o desafio persiste, pois, além da crise humanitária imediata, a possibilidade de novas liquefações e deslizamentos representa um risco adicional. O governo de Mianmar, junto com equipes de geologia, está monitorando a situação para minimizar futuras ocorrências e desenvolver um plano de recuperação mais sólido.
À medida que as operações de resgate continuam, a necessidade de um planejamento urbano mais rigoroso e a implementação de infraestrutura resistente a desastres se tornam cada vez mais evidentes. O futuro das áreas afetadas depende não apenas da resposta imediata, mas da capacidade de adaptação e mitigação diante de eventos naturais catastróficos.