O ex-jogador da Seleção Brasileira, Daniel Alves, foi absolvido no dia 28 de março de 2025, pelo Tribunal Superior de Justiça da Catalunha, em um caso que capturou a atenção da mídia e do público. A decisão unânime dos quatro magistrados foi baseada na falta de provas suficientes para sustentar as acusações de agressão sexual que pesavam contra ele.
A acusação surgiu após um incidente em uma boate em Barcelona, em dezembro de 2022, onde Daniel Alves foi detido em janeiro de 2023 e condenado a 4 anos e 6 meses de prisão em fevereiro de 2024. O cenário parecia fechado contra ele, com a presença confirmada de sêmen no local do crime, via exames de DNA. Contudo, o tribunal argumentou que a qualidade das provas apresentadas não atendia ao alto padrão exigido pela presunção de inocência.
O desenrolar do caso não foi simples. Apesar das evidências físicas, houve lacunas e contradições nos depoimentos, especialmente o da vítima. As gravações das câmeras de segurança mostraram discrepâncias que comprometeram a credibilidade das acusações. Além disso, a defesa de Alves destacou uma série de alterações em suas declarações, aumentando a dúvida sobre a veracidade das acusações.
A decisão do tribunal não apenas liberou o ex-jogador de quaisquer acusações, mas também revogou todas as medidas cautelares que o restringiam. Mesmo assim, o Ministério Público da Espanha ainda não descartou a possibilidade de recorrer da decisão ao Supremo Tribunal ou até mesmo ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos. Essa possibilidade mantém o caso vivo no debate público e jurídico.
Com a absolvição, Daniel Alves reentra o circuito profissional, mas o impacto das ações judiciais e a visão pública sobre o caso ainda deixarão suas marcas. As frequentadoras de ambientes noturnos, assim como as vítimas de agressão sexual, continuam a enfrentar um cenário delicado, onde a confiança nas instituições e na justiça é constantemente reavaliada. As repercussões sociais e legais desse caso podem influenciar futuras legislações e práticas jurídicas na Espanha.