A eleição para o Supremo Tribunal de Wisconsin, marcada para 2025, transformou-se na mais cara da história dos EUA, com gastos superando os $80 milhões. Elon Musk, o empresário bilionário, está ativamente contribuindo para a corrida por meio de seu America PAC, o que levanta preocupações sobre a influência de grandes doadores nas eleições.
No epicentro desta disputa está a intenção de Musk de oferecer prêmios de $1 milhão a eleitores que apoiarem suas iniciativas contra o que ele considera "juízes ativistas". Essa manobra provocou um debate acalorado sobre a legalidade de tais incentivos, com críticos alertando para os riscos de induzimento ao voto. A corrida não envolve diretamente os candidatos, com foco na disputa entre Daniel Kelly e Jennifer Dorow, mas tem grandes implicações.
Desde o início da corrida, Musk e seu America PAC já desembolsaram cerca de $17 milhões até o final de março. Sua estratégia faz parte de um esforço para mudar a composição ideológica do tribunal, que já tomou decisões polêmicas, como a invalidação de mapas legislativos favoráveis aos republicanos. A previsão é de que a influência financeira de Musk e outros bilionários sobre o processo eleitoral cresça à medida que a eleição se aproxima.
Além de Musk, outros magnatas estão engajados nessa batalha política. Do lado republicano, Diane Hendricks e Richard Uihlein estão contribuindo substancialmente para Kelly, enquanto do lado democrata, doações significativas de George Soros e JB Pritzker sustentam a campanha de Protasiewicz. Essa polarização intensa destaca a crescente influência de grandes somas de dinheiro nas eleições americanas.
O impacto da eleição para o Supremo Tribunal de Wisconsin se estende além da política local, uma vez que pode definir questões cruciais, incluindo acesso ao aborto e a conformidade das leis eleitorais com a Constituição. A elevada participação de doadores individuais levanta questões pertinentes sobre a necessidade de reformas no financiamento de campanhas, visando garantir a integridade do processo democrático.
À medida que a corrida se intensifica, a atenção se volta para o efeito que essa injeção de dinheiro pode ter na percepção pública e nos resultados das eleições. Por fim, o futuro das decisões judiciais em Wisconsin e, potencialmente, em todo o país, pode ser moldado por esse crescente embate entre bilionários e eleitores.