Braga Netto Tentará Novamente Libertar-se da Prisão

Em mais uma tentativa de obter liberdade, o general Walter Braga Netto, ex-vice na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, está se preparando para apresentar um novo pedido. Desde dezembro de 2024, Braga Netto encontra-se encarcerado, acusado de estar envolvido em um plano de golpe de Estado. A mais recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou sua prisão, com a defesa tendo seu recurso negado por unanimidade em março de 2025.

Braga Netto foi capturado pela Polícia Federal em 14 de dezembro de 2024, sob suspeita de tentar obstruir as investigações sobre um suposto plano de golpe, intitulado "Punhal Verde e Amarelo", que, segundo as investigações, estava planejado para ocorrer em 15 de dezembro de 2022. A ordem de prisão foi expedida após a coleta de indícios que sugeriam sua tentativa de acessar informações sigilosas associadas ao acordo de colaboração premiada de Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A 1ª Turma do STF deliberou, por unanimidade, pela manutenção da prisão de Braga Netto, com essa decisão tomada em março de 2025. O relator Alexandre de Moraes fundamentou a necessidade da manutenção da prisão com base nas tentativas do general de interferir no andamento das investigações. Em resposta, a defesa de Braga Netto caracterizou as acusações como "fantasiosas" e criticou a denúncia, alegando que ela se baseava especialmente no testemunho de Mauro Cid, que seria uma testemunha coagida.

Apesar das decisões anteriores que negaram sua liberdade, Braga Netto está determinado a apresentar um novo pedido. Essa ação revela a persistência da defesa em contestar as provas apresentadas contra ele. A manutenção da prisão representou um revés significativo para o ex-vice-presidente, mas sua equipe jurídica está determinada a explorar todas as opções legais disponíveis.

Além de enfrentar a prisão, Braga Netto também foi considerado inelegível até 2030 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante as eleições presidenciais de 2022. Essa condenação demonstra o impacto substancial das investigações sobre sua trajetória política e suas perspectivas futuras.