A administração Trump decidiu suspender aproximadamente $175 milhões em financiamento federal à Universidade da Pensilvânia em decorrência de sua política referente à participação de atletas transgêneros em programas esportivos. A suspensão foi anunciada na quarta-feira, após o presidente Donald Trump assinar uma ordem executiva que proíbe a competição de atletas trans em eventos esportivos femininos.
A universidade ganhou destaque nacional em 2022, quando a nadadora transgênera Lia Thomas conquistou um título importante no campeonato da NCAA. Em nota, a instituição reiterou que sempre respeitou as normas da NCAA e da Ivy League, posicionando-se contrária à suspensão de recursos.
A justificativa para esta medida se insere em uma revisão abrangente dos fundos federais destinados a universidades, provenientes dos Departamentos de Defesa e Saúde e Serviços Humanos. Apesar de ainda não ter recebido uma notificação oficial, a Universidade da Pensilvânia declarou que está em conformidade com as regulamentações vigentes.
O Departamento de Educação, por sua vez, abriu uma investigação direcionada à política esportiva da universidade, com ênfase na participação de Lia Thomas. Recentemente, a NCAA revisou suas diretrizes em resposta à nova ordem executiva, estabelecendo que apenas atletas designadas como femininas ao nascimento podem competir em eventos femininos. Essa mudança gerou uma onda de reações, com críticos afirmando que a decisão ataca os direitos de uma minoria, enquanto defensores argumentam que ela promove a equidade nos esportes femininos.
A suspensão do financiamento à Universidade da Pensilvânia reflete uma tendência maior de confronto entre a administração Trump e instituições de ensino superior sobre questões de diversidade e inclusão. As implicações dessa decisão podem ser substanciais para a comunidade acadêmica e esportiva, especialmente considerando a busca por maior inclusão e igualdade nos programas universitários.