O Supremo Tribunal Federal (STF) deu início, na última quarta-feira, ao exame de solicitação para que os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino sejam afastados dos julgamentos relacionados à tentativa de golpe após as eleições de 2022. Esses pedidos foram apresentados pelas defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro, do ex-ministro Walter Braga Netto e do ex-secretário da Presidência Mário Fernandes.
Os pedidos de afastamento foram inicialmente rejeitados pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, em 28 de fevereiro. No entanto, as defesas recorreram, e o caso agora está sendo analisado pelo plenário virtual da Corte. O julgamento dos recursos seguirá até a noite de quinta-feira.
Se os ministros forem afastados, a Primeira Turma do STF ficará sem quórum para analisar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), o que obrigaria a remessa do caso ao plenário da Corte. Bolsonaro, Braga Netto e mais seis denunciados terão seus casos analisados pela Primeira Turma em 25 de março.
Os ministros possuem até a noite de quinta-feira para inserir seus votos no plenário virtual. Além de votar, eles podem pedir vista ou solicitar que a questão seja levada ao plenário presencial. Entretanto, essa situação não deve impedir que a Primeira Turma mantenha o julgamento da acusação da PGR previsto para o dia 25.
O desenrolar desse julgamento é fundamental para determinar não apenas o futuro dos casos envolvendo os denunciados, mas também para reforçar os princípios de imparcialidade e justiça que regem a atuação do STF. O acompanhamento da sociedade civil sobre esse processo é imprescindível.