A desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua a aumentar, atingindo a marca de 53% em março, conforme apontado por uma pesquisa realizada pelo PoderData. Esse quadro também se reflete em regiões específicas, como na cidade de São Paulo, onde a desaprovação é ainda mais expressiva, alcançando 58,1%. Além disso, o mercado financeiro demonstra uma avaliação negativa em relação à política econômica da administração atual, especialmente em relação ao desempenho do ministro Fernando Haddad.
A pesquisa do PoderData, que entrevistou 2.500 pessoas entre os dias 15 e 17 de março, revelou que a aprovação ao governo Lula caiu para 41%. Nesse mesmo período, a desaprovação subiu dois pontos percentuais em comparação a janeiro. A percepção sobre o desempenho do presidente Lula também apresentou uma queda substancial, com apenas 22% dos entrevistados considerando seu governo como "ótimo ou bom".
Em São Paulo, uma outra pesquisa, realizada pela Paraná Pesquisas e divulgada em 18 de março, demonstrou que a desaprovação ao governo Lula atingiu 58,1%, enquanto a aprovação é de 38,2%. Esses dados apontam para um aumento na desaprovação e uma diminuição na aprovação em relação aos dados coletados em setembro de 2024.
No cenário do mercado financeiro, a desaprovação ao governo Lula se revela ainda mais intensa. De acordo com os dados da Quaest, 88% dos investidores e agentes do mercado financeiro têm uma avaliação negativa sobre a política econômica do governo. O ministro Fernando Haddad, por sua vez, enfrenta uma queda de prestígio, com 58% de desaprovação. Em contraste, o presidente do Banco Central, João Pedro Galípolo, recebe uma avaliação positiva de 45% dos entrevistados.
Essas avaliações desfavoráveis representam desafios consideráveis para o governo Lula, especialmente diante de um contexto econômico complexo. A erosão da confiança no mercado financeiro pode ter repercussões diretas nas decisões de investimento e nas políticas econômicas adotadas futuramente. Ademais, o crescimento da desaprovação por parte da população pode modificar a dinâmica política do Brasil nos próximos anos.
A crescente desaprovação em relação ao governo Lula e ao enfraquecimento da figura de Haddad no mercado financeiro sinalizam um panorama político e econômico complicado. À medida que a administração busca restabelecer a confiança tanto do público quanto dos investidores, a condução de Galípolo no Banco Central se destaca como um fator positivo em meio a esses desafios.