Nos Estados Unidos, a diminuição do consumo de cerveja tem se tornado uma preocupação crescente, afetando não apenas a indústria cervejeira, mas também agricultores de cevada. À medida que a demanda por esse produto encolhe, os agricultores temem o impacto que possíveis tarifas poderiam ter sobre a produção e as vendas.
Recentemente, o consumo de cerveja nos EUA apresentou uma queda acentuada. Conforme dados divulgados, as vendas caíram 3,2% em volume e 1% em receita até outubro de 2024, em comparação ao ano anterior. Entre as causas desse declínio estão as mudanças nos hábitos dos consumidores, a concorrência com bebidas prontas para beber (RTDs) e a crescente aceitação de opções sem álcool.
A diminuição do consumo de cerveja impacta diretamente os agricultores de cevada, que têm sua produção atrelada à demanda do mercado cervejeiro. Com a redução do consumo, a necessidade de cevada também cai, o que pode resultar em excedentes e na consequente queda dos preços. Ademais, tarifas comerciais elevadas podem incrementar os custos de exportação, dificultando ainda mais a competitividade dos agricultores no cenário internacional.
Enquanto a cerveja tradicional enfrenta dificuldades, outras categorias de bebidas estão se expandindo. As opções sem álcool, como a cerveja sem álcool, demonstraram um crescimento notável, com aumento de 26,6% em vendas e 21,6% em volume no mesmo período. Além disso, bebidas prontas para beber (RTDs) estão se tornando cada vez mais preferidas entre os consumidores, com 89% optando por essas opções devido à conveniência.
Para os agricultores de cevada e para o setor cervejeiro, é essencial se ajustar às transformações do mercado. Isso pode envolver a diversificação das culturas cultivadas, aliada a investimentos em tecnologias que promovam eficiência e sustentabilidade. A inovação em produtos, como cervejas sem álcool ou de baixo teor alcoólico, pode ser fundamental para atrair consumidores que buscam alternativas mais saudáveis.