A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) informou que houve a participação de "mais de 400 mil pessoas" na manifestação realizada na orla de Copacabana, neste domingo (16). O ato tinha como objetivo apoiar a anistia dos envolvidos nos eventos do dia 8 de janeiro. Por outro lado, a Universidade de São Paulo (USP) registrou um número consideravelmente inferior, com 18,3 mil manifestantes.
Em sua declaração, a PM destacou que o evento foi "monitorado pelo 19°BPM (Copacabana) com o apoio do 1º CPA (Comando de Policiamento de Área) e o Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar". Esses dados evidenciam a complexidade do cenário político atual e as diferentes avaliações sobre a mobilização pública.
De acordo com informações da USP, o cálculo de 18,3 mil participantes foi feito através do "Monitor do Debate Político do CEBRAP" e da ONG More in Common, utilizando um método chamado "Point to Point Network (P2PNet)". Esse sistema foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Chequião, na China, em parceria com a empresa Tencent. O método analisa imagens aéreas, capturadas por dr drones, utilizando inteligência artificial para contar a quantidade de pessoas presentes.
O estudo revelou que o sistema possui uma precisão de 72,9% e uma acurácia de 69,5% na identificação de indivíduos. Para eventos com mais de 500 pessoas, o método registra um erro percentual absoluto médio de 12%, considerando tanto para mais quanto para menos, conforme declarado pela instituição.
Neste ato, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava presente, acompanhado de autoridades e políticos, como governadores, deputados federais e senadores. A manifestação iniciou-se por volta das 10h20, em um clima de expectativa, especialmente em relação ao julgamento que a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) realizará nos dias 25 e 26 de março. O julgamento focará na aceitação ou não da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que alega uma tentativa de golpe de Estado que teria sido tramada após as eleições de 2022.
O projeto de anistia tem sido discutido desde o ano passado e gerou um movimento significativo no Congresso Nacional, impulsionado por uma força-tarefa do partido de Bolsonaro. As divergências nos números fornecidos pela PM e pela USP refletem a polarização em torno do tema e a importância de debates claros e fundamentados sobre a eventos políticos no Brasil.
Esse evento se soma a uma série de protestos e manifestações que têm sido comuns no Brasil ultimamente, mostrando a mobilização e os interesses de diferentes grupos sociais na busca por direitos e mudanças legais. A presença de Bolsonaro, um personagem central nessa dinâmica, indica a relevância desse ato em um momento de ainda profunda divisão política.
Com a crescente polarização, a questão da anistia continua a ser um assunto polêmico e que requer atenção. A manifestação em Copacabana serve como um termômetro para a opinião pública e as futuras decisões judiciais, que poderão moldar o rumo da política brasileira.
Convidamos você a compartilhar suas opiniões sobre este evento e as diferentes contagens de manifestantes. O que você acha sobre a anistia e o papel das instituições nesse processo? Deixe seu comentário abaixo!