O Canal de Suez, uma das principais rotas comerciais do mundo, está enfrentando uma grave crise econômica devido a ataques na região do Mar Vermelho. As perdas mensais estimadas chegam a cerca de $800 milhões, conforme anunciado pelo presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi. Essa situação decorre de intensas tensões regionais, especialmente em função das ações dos rebeldes Houthi no Iémen, que almejam pressionar a comunidade internacional sobre o conflito em Gaza.
Os ataques perpetrados pelos rebeldes Houthi no Mar Vermelho iniciaram em novembro de 2023, resultando na necessidade de desvio de muitos navios de suas rotas habituais, obrigando-os a contornar a África. Essa mudança de trajeto resulta em um aumento significativo nos custos de transporte marítimo global. A economia egípcia, que depende substancialmente das receitas do Canal de Suez, enfrenta um impacto devastador. Em 2024, as perdas totais foram estimadas em aproximadamente $7 bilhões, segundo relatórios oficiais.
A queda drástica nas receitas do Canal de Suez resultou em um déficit orçamentário substancial no Egito, que enfrenta um déficit de conta corrente superior a $20 bilhões até meados de 2024. A moeda local, a libra egípcia, também vem sofrendo uma desvalorização contínua, impactando tanto as exportações quanto as importações do país.
Apesar dos desafios enfrentados atualmente, as autoridades egípcias mantêm um otimismo cauteloso em relação ao futuro do Canal de Suez. Eles afirmam que, assim que as tensões regionais forem resolvidas, o canal continuará a ser uma via vital entre a Ásia e a Europa, sem concorrentes em termos de eficiência e economia. Para mitigar os impactos imediatos, o governo está explorando novas fontes de receita e investindo em projetos de infraestrutura para garantir a competitividade do canal a longo prazo.
A crise do Canal de Suez também ilustra os desafios globais enfrentados pelo setor marítimo, realçando a crescente necessidade de segurança e estabilidade nas rotas comerciais. À medida que as nações se empenham em resolver conflitos regionais, a indústria de transporte marítimo deve adaptar-se a novas rotas e estratégias para minimizar os impactos econômicos e assegurar a continuidade das operações comerciais globais.