Na tarde do dia 12 de março, São Paulo enfrentou um forte temporal que resultou na queda de 330 árvores em diversas regiões da capital. O Butantã, localizado na Zona Oeste, foi a área mais afetada, registrando 110 árvores caídas. Além disso, a situação se agravou com a morte do taxista Elton Ferreira de Oliveira, de 43 anos, que foi atingido por uma árvore enquanto transportava dois passageiros na Avenida Senador Queirós, no Centro.
De acordo com a concessionária Enel, mais de 74 mil imóveis ainda estavam sem fornecimento de energia elétrica na manhã do dia 13 de março. Um total de 173 mil clientes ficou sem luz após a tempestade. A empresa informou que, até o momento, conseguiu restabelecer o serviço para cerca de 65% dos clientes afetados.
O Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da prefeitura emitiu alerta para possíveis alagamentos em toda a cidade. As rajadas de vento durante o temporal chegaram a 60 km/h, causando danos significativos e deixando muitos moradores em estado de alerta.
Curiosamente, esse temporal ocorreu no mesmo dia em que a capital paulista recebeu, pelo quarto ano consecutivo, um prêmio da ONU pelo manejo sustentável de árvores urbanas. O anúncio da premiação aconteceu antes da tempestade, o que contrasta com as dificuldades enfrentadas pela população após as chuvas.
Como resultado da forte precipitação, a Defesa Civil de São Paulo também registrou quedas de árvores em outros pontos da cidade. Na Rua Artur de Azevedo, em Pinheiros, dois veículos foram atingidos, resultando em três pessoas feridas e danos ao teto de um restaurante local.
Na região da Sé, onde o taxista perdeu a vida, foram contabilizadas 106 quedas de árvores, o que representa cerca de 32% do total de ocorrências. A terceira árvore mais antiga de São Paulo, com cerca de 200 anos e 30 metros de altura, também não sobreviveu ao temporal. Ela estava localizada no Largo do Arouche.
Seus moradores relataram a presença de granizo durante a tempestade, especialmente nas Zonas Oeste e Central. O cenário em várias regiões da cidade era de destruição, com árvores, placas e outros objetos destelhados espalhados pelas ruas, calçadas e carros.
O CGE fez um levantamento e constatou a presença de granizo nas seguintes áreas e horários:
A Defesa Civil também emitiu um alerta severo para as regiões Norte, Leste e Central da cidade devido aos fortes ventos que ultrapassaram os 60 km/h, aumentando o risco de quedas de árvores. O recorde de ventos na capital foi registrado em outubro de 2024, com uma velocidade de 107,6 km/h na Zona Sul.
Os ventos mais fortes durante o evento foram registrados em diferentes locais:
No total, o Corpo de Bombeiros recebeu 217 chamados para quedas de árvores, três para desabamentos e cinco para enchentes na capital e em sua região metropolitana.
A União de Lojistas da 25 de Março informou que a área, um dos principais centros comerciais de São Paulo, sofreu um apagão que afetou várias ruas e causou alagamentos nas áreas próximas.
Os maiores índices de chuva durante o temporal, medidos até as 18h20, foram:
A Defesa Civil de São Paulo está avaliando os danos causados e orienta a população a se manter alerta diante das intempéries. É fundamental que os cidadãos ajudem uns aos outros neste momento difícil e compartilhem informações sobre a situação em suas comunidades.