A gordura no fígado é uma doença silenciosa que afeta cerca de 25% da população mundial, segundo dados da Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA. Essa condição geralmente não apresenta sintomas até que alcance estágios avançados, o que a torna um problema de saúde a ser observado com atenção.
De acordo com Fabio Nachman, chefe do Serviço de Gastroenterologia do Hospital Universitário Fundação Favaloro, em Buenos Aires, a gordura no fígado refere-se a um conjunto de patologias caracterizadas pelo acúmulo excessivo de gordura nas células hepáticas. Embora muitos não relatem sintomas, outros podem enfrentar complicações significativas de saúde.
O fígado é um dos órgãos mais importantes do corpo, responsável por funções vitais, como a digestão, a eliminação de toxinas e a síntese de proteínas. O aumento da gordura hepática pode levar a diversas condições de saúde, sendo fundamental entender suas implicações.
Esteban González Ballerga, chefe do Serviço de Gastroenterologia do Hospital de Clínicas, afirma que a condição é indicada quando mais de 5% do tecido hepático é composto por gordura. Existem duas formas principais de manifestação: a esteatose simples, que é assintomática e não provoca danos, e a esteatohepatite não alcoólica, que pode levar à inflamação e formação de cicatrizes ao longo do tempo. Se não tratada, essa condição pode evoluir para a cirrose, um estágio crítico e irreversível.
As causas do acúmulo de gordura no fígado são diverse e envolvem o estilo de vida. Segundo Nachman, os fatores de risco incluem:
Além disso, uma dieta rica em calorias, gorduras saturadas e açúcares elevados também agrava a condição. O consumo excessivo de álcool é outro fator que afeta a saúde hepática, uma vez que o fígado deve processar o álcool, gerando substâncias que danificam suas células.
A boa notícia é que, na fase de fígado gorduroso inflamatório, há uma chance de reversão. O tratamento, no entanto, depende de mudanças no estilo de vida. Navalha recomenda:
Com relação ao diagnóstico, muitos casos são identificados por meio de ultrassonografias realizadas por outros motivos. Pacientes com histórico de diabetes ou sobrepeso são frequentemente submetidos a exames de sangue e de imagem para avaliação da saúde hepática.
A identificação precoce da gordura no fígado é fundamental, pois a doença pode não apresentar sinais visíveis até fases críticas. Os sintomas podem incluir icterícia, acúmulo de líquido no abdome e, em casos mais graves, falência hepática.
Os principais métodos de diagnóstico incluem ultrassonografia, ressonância magnética, elastografia hepática e biópsia, conforme indicado por González Ballerga.
Concluindo, a gordura no fígado é uma condição que merece atenção. Prevenção, diagnóstico precoce e mudanças no estilo de vida podem fazer a diferença na saúde hepática. É sempre importante buscar a orientação de um profissional de saúde para realizar os melhores cuidados.
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