A Polícia Civil de São Paulo está em pleno andamento nas investigações do assassinato da jovem Vitória Regina de Sousa, cujo corpo foi encontrado em Cajamar no dia 5 de março. Durante uma coletiva de imprensa realizada na segunda-feira, 10, o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), Luiz Carlos do Carmo, apresentou detalhes sobre os três suspeitos identificados até o momento.
Entre os investigados, Maicol Sales dos Santos foi o único que teve a prisão temporária decretada, com validade de 30 dias. A decisão judicial foi tomada no último sábado, dia 8, após a análise das inconsistências em seu depoimento. Maicol afirmou à polícia que estava em casa com sua esposa na noite do desaparecimento de Vitória, mas a mulher contestou sua versão, confirmando que passou a noite na casa da mãe.
Maicol é proprietário de um Toyota Corolla, que foi visto próximo ao local do crime. O diretor Luiz Carlos do Carmo destacou: "No veículo Corolla tivemos a constatação de sangue no porta-malas e tudo leva crer que pode ser da vítima. Já foi encaminhado para o exame de DNA".
Os outros dois homens, Daniel Lucas Pereira e Gustavo Vinícius, também estão sob investigação, mas tiveram seus pedidos de prisão negados. De acordo com o diretor do Demacro, Daniel já teve um relacionamento com a vítima e, durante a análise de seu celular, foram encontradas imagens que mostram o local onde Vitória desceu, além de registros feitos dias antes do crime. Luiz Carlos do Carmo explicou: "O Daniel Lucas Pereira, nós pedimos a prisão dele, mas a justiça negou alegando que precisa de mais provas. Ele permanece [sob investigação] pois temos no celular apreendido imagens feitas por ele no local onde a vítima desceu, até a residência dela. Pode ser uma filmagem preparando o local do arrebatamento".
O terceiro investigado, Gustavo, também é parte dessa rede de suspeitos, sendo ex-namorado da vítima. Apesar de a polícia ter solicitado sua prisão, este pedido foi igualmente negado, já que, segundo o delegado, eles apresentavam uma amizade mesmo após o término do relacionamento.
Além desses três suspeitos, a coletiva de imprensa também abordou Carlos Alberto Souza, pai da adolescente, que foi mencionado como possível suspeito em uma reportagem do Domingo Espetacular, da TV Record. No entanto, a polícia revelou que não investiga Carlos atualmente, descartando as alegações que surgiram devido ao 'comportamento atípico e contradições em depoimento', conforme descrito pelo delegado. Ele também defendeu a figura do pai da jovem, afirmando que a defesa considera as acusações "absurdas".
Um ponto crítico da investigação é o telefone de Vitória, que ainda não foi encontrado. A expectativa é que esse aparelho contenha informações cruciais para esclarecer o caso. A polícia continua as buscas e coleta de provas, enquanto a investigação avança em direção aos seus objetivos.
As autoridades mantém um diálogo aberto em busca de mais testemunhas e evidências que possam ajudar a fechar o cerco contra os suspeitos. O Terra ainda não conseguiu contato com os advogados dos investigados, mas o espaço para manifestações permanece aberto.
As informações reveladas até o momento ressaltam a complexidade deste caso e a determinação das autoridades para trazer justiça para a jovem Vitória Regina de Sousa.