A saga Crepúsculo, que gerou um impacto significativo na cultura pop, arrecadou impressionantes US$ 3,45 bilhões ao longo de cinco filmes. No entanto, não conseguiu evitar polêmicas, especialmente devido aos efeitos especiais considerados ruins.
Iniciada em 2005 com o lançamento do primeiro livro, Crepúsculo, a série de romances escrita por Stephenie Meyer vendeu mais de 160 milhões de cópias globalmente e foi traduzida para mais de 40 idiomas, tornando-se uma das obras literárias mais icônicas da história. O sucesso dos livros levou à sua adaptação cinematográfica em 2008, com Robert Pattinson e Kristen Stewart no papel de Edward e Bella, que faturou mais de US$ 3,3 bilhões.
A saga completa, que abrange quatro romances, foi transformada em cinco filmes, sendo que o último livro, Amanhecer, foi dividido em duas partes. Esses filmes, que tiveram os orçamentos mais altos da franquia (custando US$ 110 milhões e US$ 136 milhões, respectivamente), também se destacam por terem os efeitos especiais mais criticados.
O primeiro Crepúsculo foi produzido com um orçamento limitado de apenas US$ 37 milhões. A diretora Catherine Hardwicke admitiu ao Business Insider, em novembro de 2020, que o filme não atendeu plenamente suas ambições. Ela ressaltou que tiveram que trabalhar dentro das limitações financeiras: "Estávamos filmando no inverno porque é quando o céu está mais nublado. Não podíamos ter sol forte porque então os vampiros teriam que brilhar. Não queríamos que eles brilhassem o tempo todo — não podíamos pagar por isso. O brilho CGI custa muito dinheiro."
Apesar das limitações, o filme superou as expectativas e teve uma arrecadação de US$ 408 milhões, multiplicando seu orçamento por onze. A expectativa de receber maior investimento fez com que os filmes subsequentes contassem com orçamentos mais altos e, consequentemente, melhores arrecadações.
No entanto, foi precisamente com esses orçamentos mais elevados que surgiram as críticas sobre os efeitos visuais, especialmente nas duas últimas partes da franquia. O público deve se lembrar do icônico bebê CGI de Bella e Edward, Renesmee.
O diretor Bill Condon, que esteve à frente das duas últimas adaptações, lamentou a situação, dizendo: "Era um bebê gerado por computador, meio humano, meio vampiro. Aquilo foi um desastre. Nunca conseguimos fazer isso dar certo e agora sinto que não deveria ter acontecido." Ele ainda complementou: "Fazer cinema é viver e aprender, e pelo menos o público pode se confortar em saber que Chuckesmee não é canônico."
Curiosamente, o resultado final poderia ter sido ainda pior. Inicialmente, o desenvolvimento do bebê CGI tentou corrigir os problemas de uma versão anterior, que previa a utilização de um bebê animatrônico.
Essa alternativa foi mencionada em um vídeo bastidores do box de DVD da série completa, onde a equipe de produção discutiu as intenções iniciais de usar um boneco animatrônico, que acabou sendo considerado muito assustador. Assim, a decisão de ir para o CGI resultou na versão que o público conheceu: "Um dos bebês CGI mais assustadores já vistos no cinema", comentou o produtor Wyck Godfrey.
Embora a saga Crepúsculo tenha deixado marcas significativas na indústria do cinema e nos corações dos fãs, é inegável que os problemas enfrentados com os efeitos especiais geraram discussões acaloradas. O legado da série é complexo, equilibrando uma imensa popularidade com desafios técnicos que refletiram em suas produções. O que você acha sobre os efeitos especiais da saga? Deixe seu comentário e compartilhe suas opiniões!