Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, anunciou nesta terça-feira (11) que a definição sobre quem conduzirá as comissões temáticas da Casa ocorrerá até a próxima quinta-feira (13). Uma das questões em destaque é o interesse do Partido Liberal (PL) em presidir a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
O líder do PL, Sóstenes Cavalcante, reforçou que a legenda não hesitará e buscará um acordo antes das eleições legislativas. Eduardo Bolsonaro é o nome mais cogitado para ser o representante do partido na presidência da comissão.
De acordo com Hugo Motta, no pacto firmado com o bloco que o apoiou, o PL tem a prerrogativa de escolher cinco comissões, devido à sua posição como maior bancada. A comissão que lida com temas internacionais é considerada uma prioridade para o PL. "Nenhum líder senta à mesa e sai 100% satisfeito. O papel do presidente é mediar a discussão para chegar a um consenso na reunião de líderes. Vamos analisar quais são as prioridades dos outros partidos para que, a partir disso, possamos começar a indicar os nomes", explicou.
Sobre a possibilidade de uma crise com o Supremo Tribunal Federal (STF), caso o PL assuma a presidência da Comissão de Relações Exteriores, Motta aquietou os ânimos, afirmando: "Não creio que isso se configure como uma crise, pois a distribuição das comissões entre os partidos é um processo claro para todos".
Além disso, o PL manifestou interesse em retomar a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Contudo, essa possibilidade foi descartada por Motta, que lembrou que "existe um acordo prévio, onde o PL já teve a presidência com a deputada Caroline De Toni". Essas declarações foram feitas por Motta ao chegar ao jantar que a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, ofereceu para os líderes de partidos do Centrão em sua residência em Brasília.