Otaviano Costa encontra-se em uma nova etapa de sua vida, cerca de oito meses após passar por uma delicada cirurgia cardíaca, realizada em julho do ano anterior. Aos 52 anos, o apresentador reflete sobre suas vivências e os desafios que enfrentou durante esse período: "Se passaram 30 dias entre decidir fazer a cirurgia e ela realmente acontecer. Nesse tempo, você só pensa no que já viveu. Percebi que realizei muita coisa. Triste é o ser humano que chega a um momento de tanta incerteza sobre o futuro e olha para o passado se sentindo vazio, como se não tivesse vivido de peito aberto. É algo muito melancólico".
Atualmente, Costa divide seu tempo entre o Rio de Janeiro, onde reside com a esposa, Flávia Alessandra, e São Paulo, onde irá apresentar o programa "Melhor da Noite", na Band. Ele expressa sua paixão pelo trabalho: "Eu não precisaria me dividir entre as cidades, mas faço isso porque amo o que faço. Não vou ficar sentado numa cadeira, olhando para o mar. Vou continuar até os 80 anos trabalhando no que amo".
O convite para comandar o programa foi encarado por Otaviano como um grande presente, especialmente após sua recuperação. "Até passei em Aparecida para agradecer, sou devoto de Nossa Senhora. Agradeci por ter sobrevivido e também por este presente". Ele irá substituir Glenda Kozlowski e Rodrigo Alvarez, que seguem em outros projetos, e promete uma nova proposta para o programa: "A principal diferença será o meu DNA como apresentador, com uma nova energia para o programa. Teremos quadros novos, mantendo o formato de late night show, mas com um conteúdo mais popular, com cara de revista eletrônica. Estaremos nas ruas, no palco, em contato com o público".
Flávia Alessandra teve papel decisivo na aceitação do desafio de Otaviano em São Paulo: "Perguntei para Flávia o que ela achava, e se ela tivesse dito 'não', eu teria recusado o convite. Mas ela disse um sonoro 'sim', sabendo que eu ficaria muito feliz". Apesar de São Paulo ser uma segunda casa para eles, Otaviano agora passará mais tempo na cidade. Inicialmente, ele se fixará mais por lá para estruturar o programa, mas pretende viajar de volta ao Rio nas quartas e retornar no sábado pela manhã.
O apresentador também compartilha sua apreensão em relação ao afastamento de sua família, especialmente de sua filha, Olivia, e da enteada, Giulia: "Pensei muito na Olivia, que tem 14 anos. Não vou mais fazer parte do cotidiano dela e da Giulia. Fiquei emocionado, chorei uns três dias imaginando essa situação. Mas elas têm sido incríveis! Estão me apoiando muito". Ele comenta ainda que Giulia e Flávia estão constantemente se organizando para viajar e trazer roupas para São Paulo.
Recentemente, Giulia tocou em um assunto delicado em seu podcast "Pé no sofá pod", onde revelou ter sabido da morte do seu pai, o ator e diretor Marcos Paulo, através da internet, enquanto Otaviano já estava ao lado de Flávia. Otaviano descreve a relação que tinha com Marcos Paulo: "Sempre tivemos uma ótima relação, respeitosa. Ele sempre que possível estava colaborando no crescimento da Giulia, mas nunca fomos próximos. Ele era o pai da Giulia e eu o marido da Flávia".
Este ano, Otaviano e Flávia comemoram 19 anos de casados, e ele reflete sobre sua união: "É bonito. São quase 20 anos de casamento que aconteceu cinco meses depois de nos conhecermos. O mais maluco é isso (risos). Deu super certo. Flávia é uma mulher incrível. Temos muitas semelhanças, apesar das diferenças que existem entre nós". Ele acredita que a base de seu relacionamento está em valores familiares, bom humor e leveza no dia a dia: "Nosso casamento é sólido: somos casados, sócios em vários negócios e parceiros em cena em muitos projetos. É lógico que temos desafios como qualquer casal, mas enfrentamos eles com muito bom humor e união. Que venham os próximos 20 anos".
Na última temporada, Otaviano e Flávia apresentaram o reality show "Ilha da tentação", lançado pelo Prime Video. Embora o programa tenha sido bem recebido no Brasil, uma nova temporada ainda não foi confirmada. Ele enfatiza: "O 'Ilha da tentação' foi uma coprodução entre quatro países. No Brasil, fomos muito bem, mas em outros dois mercados não alcançaram os resultados esperados. Isso impacta a decisão por conta do investimento alto do formato, que depende de ser compartilhado entre os países participantes. O reality está em stand by para ver se novos países entram para ajudar a dividir os custos, mas aqui o formato fez muito sucesso".