Um jabuti-piranga foi resgatado após passar aproximadamente 10 anos soterrado sob o piso de uma casa em Itacajá, Tocantins. O animal agora está em quarentena no Centro de Fauna (Cefau), que faz parte do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins).
Durante esse período de quarentena, o jabuti passará por exames bioquímicos, hemograma e uma avaliação comportamental para determinar se está apto a ser devolvido à sua habitat natural.
A veterinária responsável, Mayumi Caetano Matuoca, informou que, apesar do jabuti apresentar uma deformidade no casco, seu comportamento se mantém normal e não parece indicar problemas graves.
Esse curioso caso veio à tona no início de fevereiro, quando um casal, ao perceber uma possível infiltração no piso, contratou um pedreiro para investigar. Ao quebrar o chão, a equipe se deparou com a surpreendente descoberta de um jabuti enterrado.
Conforme relatou uma das moradoras, o animal parecia ter ficado preso naquele local por cerca de uma década.
O biólogo Aluísio Vasconcelos de Carvalho explicou que a sobrevivência do jabuti se deve à sua habilidade de estivação, um estado de dormência que diminui o gasto de energia e evita a desidratação durante períodos quentes e secos.
Esses animais são frequentemente mencionados por sua lentidão, caminhando a uma velocidade média de apenas 0,040 km/h. Sua carapaça, que proporciona proteção contra predadores, elimina a necessidade de correr.
Além da longevidade, que pode chegar até 150 anos, os jabutis são onívoros, alimentando-se de uma ampla variedade de plantas e pequenos animais.
Veja abaixo outros animais conhecidos por sua lentidão:
O resgate deste jabuti destaca a importância de cuidar e preservar a fauna local, além de levantar questões sobre o impacto humano no ambiente natural. Se você tem interesse em aprender mais sobre a fauna da sua região ou gostaria de compartilhar experiências sobre resgates de animais silvestres, sinta-se à vontade para deixar seu comentário abaixo!