A China tem se consolidado como uma potência no campo da pesquisa e fabricação de chips, refletindo uma tendência crescente que se manifesta em números impressionantes.
Entre 2018 e 2023, foram publicados globalmente 475 mil artigos científicos focados no design e fabricação de chips. Dentre esses, 34% vieram de instituições chinesas, indicando a liderança do país nessa área, enquanto a Europa e os EUA contribuíram com 18% e 15%, respectivamente.
As tensões políticas entre os Estados Unidos e a China continuam intensas, e a chegada de Donald Trump à presidência dos EUA não traz indicações de um alívio nesses conflitos. A estratégia americana apresenta diferenças em relação ao governo anterior de Joe Biden, mas a postura em relação à China permanece inalterada. A China, sob a liderança de Xi Jinping, é vista como a única nação capaz de desafiar o domínio global dos EUA. Em um documento de segurança nacional de outubro de 2022, a administração Biden reconheceu a China como uma potencia com recursos suficientes para competir com os Estados Unidos.
Com sanções direcionadas a setores estratégicos, como a indústria de semicondutores, os EUA e aliados buscam limitar o avanço chinês. Essas medidas buscam desacelerar o desenvolvimento científico, econômico e militar da China, levando o país a investir pesadamente em suas capacidades próprias.
Atualmente, um dos principais desafios para a indústria de semicondutores chinesa é a produção de equipamentos de litografia ultravioleta extrema. Esse tipo de aparelho, essencial para a fabricação de circuitos integrados high-tech de forma competitiva, é desenvolvido pela ASML, uma empresa holandesa que enfrenta restrições para vender sua tecnologia para clientes na China.
Diante desse cenário adverso, a China tem direcionado vastos recursos para a pesquisa e desenvolvimento, com o objetivo de alcançar, e até superar no futuro, os níveis de tecnologia de convocação de semicondutores de países como Taiwan, Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão. Em setembro de 2023, o governo chinês anunciou um investimento de 41 bilhões de dólares para apoiar empresas que fabricam equipamentos essenciais à produção de microchips.
Os resultados desse investimento já são visíveis. Companhias como SMIC e Huawei têm se concentrado em aprimorar seus processos de litografia, enquanto outras, menos estabelecidas, estão explorando novas tecnologias com base em inovações desenvolvidas por empresas como Naura Technology e AMEC. A Yangtze Memory Technologies Co. (YMTC), considerada a maior fabricante de chips de memória da China, é um exemplo dessas iniciativas.
A real vantagem da China reside em sua capacidade de produzir pesquisas de alta qualidade. Dados do Observatório de Tecnologias Emergentes (ETO) demonstram que os artigos científicos chineses não só correspondem a mais de um terço do total de publicações no setor, como também são frequentemente citados, evidenciando sua relevância e qualidade.
Esse panorama sugere que a influência da China no mercado de semicondutores continuará crescendo, criando um futuro em que o país pode se tornar um líder absoluto nesse setor vital da economia global.
O que você acha do papel crescente da China na indústria de semicondutores? Compartilhe sua opinião nos comentários!
Webcam Full HD Logitech C920s com Microfone Embutido e Proteção de Privacidadepara Chamadas e Gravações em Video Widescreen 1080p - Compatível com LogitechCapture
R$ 430,00
Vendido na Amazon