O 8 de março se aproxima, data em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, um momento para reconhecer as conquistas das mulheres em diferentes áreas, incluindo ciência e saúde. Neste contexto, apresentamos pesquisas recentes que visam melhorar a qualidade de vida das mulheres, tanto no âmbito médico quanto social.
O ciclo menstrual é marcado por flutuações nos níveis hormonais, o que pode afetar diversos aspectos do corpo feminino, como a performance física. Um estudo sueco, publicado na revista Frontiers in Sports and Active Living, avaliou como mulheres percebem sua força em diferentes fases do ciclo.
O estudo acompanhou cinco mulheres que realizam treinos de força de forma recreativa, anotando o volume e a intensidade dos treinos, motivação, nível de energia e o dia do ciclo menstrual. Foi observado que, durante a fase folicular, algumas mulheres relataram queda na energia, especialmente nos primeiros dias do ciclo, o que também pode aumentar o risco de lesões.
Com a aproximação do final da fase folicular, essa tendência se inverteu, com um aumento no vigor e na força alguns dias antes ou logo após a menstruação, sugerindo um pico nos hormônios anabólicos durante a ovulação. Na fase lútea, a performance foi a mais baixa conforme relatado pelas participantes. Essas informações poderão ser úteis para criar treinos mais personalizados para mulheres.
A osteoporose, uma condição que reduz a densidade mineral dos ossos e aumenta o risco de fraturas, afeta especialmente mulheres na menopausa. Um estudo chinês, publicado na revista Frontiers in Medicine, investigou a relação entre a deficiência de vitamina B e a osteoporose.
A pesquisa analisou mais de 1.800 mulheres americanas com mais de 50 anos, concluindo que o consumo diário de 10 miligramas de vitamina B3 pode reduzir o risco de osteoporose em 13%.
Uma investigação realizada nos Estados Unidos revelou que a suspensão do direito ao voto pode impactar negativamente a saúde das mulheres negras. Em 2020, cerca de 5,2 milhões de pessoas foram afetadas por legislações que dificultam seu direito de votar, com particular gravidade em algumas regiões do país.
O estudo publicado na revista Frontiers in Public Health avaliou a saúde autorreportada de 180.000 mulheres em 49 estados, encontrando que zonas com leis mais severas estavam associadas a uma pior percepção de saúde entre mulheres negras, em contraste com mulheres brancas.
Os pesquisadores afirmam que a exposição ao racismo estrutural e a desvantagens sociais podem deteriorar a saúde geral das mulheres, mesmo que não leve a doenças específicas. Leis mais equitativas poderiam mitigar esses efeitos prejudiciais.
O câncer de bexiga é um dos tipos mais comuns de diagnóstico e prevalece mais entre mulheres do que homens. Um estudo chinês, veiculado na revista Frontiers in Oncology, analisou 850 mulheres diagnosticadas com esse tipo de câncer para identificar fatores de risco associados.
O tabagismo foi identificado como o fator de risco mais significativo, com fumantes apresentando chances dobradas de desenvolver câncer. A exposição a substâncias cancerígenas no ambiente de trabalho foi o segundo maior risco, enquanto infecções urinárias recorrentes aparecem como o terceiro fator.
Becas com infecções urinárias crônicas têm suas chances de desenvolver câncer de bexiga aumentadas em 1,72 vezes, o que destaca a importância de tratar essa condição frequentemente negligenciada na saúde feminina.
A desigualdade de gênero ainda é um desafio nas áreas de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Este fenômeno se deve a normas sociais e viéses educacionais que dificultam a inclusão. Uma equipe de pesquisadores do Chile, México e Espanha investigou as motivações e a importância das mentorias nas trajetórias profissionais de mulheres nessas áreas.
Realizando 19 entrevistas, os pesquisadores descobriram que as motivações das mulheres variam de acordo com suas perspectivas e metas, que incluem impacto social, desenvolvimento econômico e êxito acadêmico. Todas enfatizaram a necessidade de programas de mentoria, que proporcionariam um espaço para trocas de experiências e fortalecimento mútuo, sugerindo que a ampliação desses programas pode ajudar a diminuir as disparidades de gênero nas ciências.
Essas pesquisas revelam aspectos cruciais da saúde e bem-estar das mulheres, lançando luz sobre as necessidades e desafios específicos que enfrentam. É fundamental que continuemos a promover ações e políticas que considerem essas particularidades para o avanço da igualdade e da saúde das mulheres. Você gostaria de compartilhar sua opinião ou experiências relacionadas a estes tópicos? Deixe seu comentário abaixo e participe da discussão!