A prisão de uma babá por suspeita de ter drogado uma bebê de apenas 10 meses com cocaína e anestésico em Sumaré, São Paulo, tem gerado grande comoção na comunidade local. A mãe da criança, em depoimento, expôs sua angustiante experiência e o pedido de respostas da babá, que era amiga da família.
Na última sexta-feira, dia 7 de março, a mãe da bebê relatou que a babá, uma mulher de 28 anos e grávida de seis meses, havia sido presa enquanto estava na casa de parentes. O caso ganhou destaque após a criança ser internada no Hospital Estadual de Sumaré com sinais de intoxicação.
Após cinco dias de internação, a bebê recebeu alta. Resultados de exames revelaram a presença de substâncias como cocaína, lidocaína e clonazepam em seu organismo. A mãe afirmou: "Agora eu espero dela saber o que aconteceu. Espero que ela seja mulher... porque eu quero saber o que ela fez com a minha filha."
Antes do incidente, a mãe afirmou que a babá era uma conhecida da região e já havia morado em sua casa. Ela compartilhou que confiava plenamente na suspeita, que era amiga da família. Isso levanta questões sobre a segurança ao deixar crianças sob a supervisão de terceiros, mesmo em situações de amizade e confiança.
Relatando os eventos que levaram à internação da criança, a mãe descreveu que no dia 8 de fevereiro, sua filha foi levada à UPA Denadai em estado de desfalecimento e com marcas vermelhas na cabeça. Após a avaliação, a bebê foi transferida para o hospital, onde foram realizados os exames que confirmaram a intoxicação. Menos de 24 horas antes, a mãe havia recebido uma foto da filha que a deixou desconfiada. "Achei muito estranho, porque ela [babá] mandou uma foto da minha filha sentada de costas... pedindo para deixar a menina dormir mais um dia na casa dela", contou.
A mãe estava preocupada com a mudança no comportamento da bebê, especialmente após a babá afirmar que a criança estava bem. "Ao questionar sobre se algo tinha ocorrido, a babá disse que a menina estava apenas com sono, já que tinha acabado de acordar", relatou a mãe.
Quando o pai da criança foi buscá-la, a situação era alarmante. A bebê foi encontrada desfalecida, e o registro na Polícia Civil indica que a babá alegou que a menina tinha sido picada por um pernilongo. "Eu comecei a chorar. Estava sem reação nenhuma", lembrou a mãe, ao ver o estado da filha.
A Polícia Civil, após receber a denúncia dos pais da criança, prendeu a babá, indicando que a suspeita tinha motivos para acreditar que poderia fugir. O delegado Eduardo Salge da Fonseca e Cunha detalhou que o caso foi apurado quando os genitores da bebê reportaram que ela havia sido internada. "Há aproximadamente um mês, a Polícia Civil tomou conhecimento de que uma babá havia ministrado drogas em uma criança e a agrediu".
Todos os indícios apontam para um caso grave, e as investigações estão em andamento. O celular da babá foi apreendido e será analisado pela perícia, enquanto novas testemunhas devem ser ouvidas para aprofundar a elucidação dos fatos. O delegado afirmou que existiam comportamentos confusos por parte da babá, com declarações contraditórias sobre o que havia ocorrido.
Por fim, o inquérito ainda não foi concluído, mas é certo que a babá será indiciada por tentativa de homicídio. Este caso é um alerta sobre a necessidade de vigilância e responsabilidade ao deixar crianças sob cuidados alheios. A segurança das crianças deve ser a prioridade máxima de todos os pais.
A família da bebê, após o susto, encontrou alívio com a recuperação da criança, que agora está fora de perigo. Contudo, as marcas desse evento trágico permanecerão na memória da mãe e de todos os envolvidos.
É imprescindível que a sociedade debata sobre os limites de confiança que devemos ter ao contratar babás e quais cuidados adicionais podem ser necessários para assegurar a saúde e a segurança das crianças. Se você tem uma história ou opinião sobre este tema, não hesite em compartilhar.