Recentemente, Mark Zuckerberg anunciou a demissão de 5% dos funcionários da Meta, um total aproximado de 3.600 cargos, alegando desempenho insatisfatório. No entanto, programadores desligados afirmam que a história é diferente e questionam as justificativas apresentadas pela empresa.
De acordo com relatos, muitos dos demitidos apontam que fatores como férias, licenças médicas e trabalho remoto foram as verdadeiras razões por trás das demissões. Para esses profissionais, a Meta teria se tornado, nas palavras deles, "a empresa de tecnologia mais cruel" do Vale do Silício, criando um ambiente tóxico para os colaboradores.
Nas redes sociais e em entrevistas com veículos como a Fortune, ex-funcionários disseram não ter ciência de que estavam com desempenho abaixo das expectativas. "A parte mais difícil é ter a Meta anunciando que estão demitindo trabalhadores com baixo desempenho, criando a percepção de estigmatização entre nós. Precisamos que as pessoas saibam que não éramos de baixo desempenho", afirmou um dos demitidos.
Alguns ex-programadores sugerem que a estratégia da Meta pode ser uma tentativa de reverter a dinâmica de trabalho que prevaleceu na indústria de tecnologia nos últimos anos. Eles alegam que os executivos estavam preocupados com a situação de poder que os trabalhadores detinham, o que resultou em um desejo de restabelecer uma cultura de medo e insatisfação. "A melhor maneira de acabar com isso é colocar medo nos trabalhadores novamente", declararam.
A maioria dos relatos indica que as demissões estão ligadas ao fato de que muitos colaboradores estavam afastados por licença médica ou paternidade e não por baixo desempenho. Um ex-funcionário, que superou as expectativas por vários anos, mencionou ter sido demitido após o nascimento de seu filho em 2024.
Zuckerberg também afirmou que a Meta pretende reduzir significativamente a sua equipe de programadores em 2025, com o objetivo de implementar a inteligência artificial (IA) para assumir diversas funções, incluindo a programação. Para muitos ex-colaboradores, essa mudança surge com uma prioridade maior em questões financeiras do que em desempenho real. "Tenha cuidado se você entrar para esta empresa. Zuck não se importa com seus funcionários, apenas com a empresa", disse um deles à Fortune.
Outro ponto levantado pelos demitidos é a alteração nas políticas de trabalho remoto e híbrido, além de mudanças na cultura da empresa, que desapoiaram iniciativas de diversidade, equidade e inclusão. Para esses ex-funcionários, essas transformações se tornaram justificativas para os cortes de vagas. "A Meta é agora a empresa de tecnologia mais cruel que você pode encontrar", ressaltaram, enfatizando que a nova estratégia parece estar destinada a contratar jovens sem responsabilidades familiares, focados unicamente em lucro.
Essas demissões e suas repercussões levantam questões importantes sobre a cultura corporativa e os direitos dos trabalhadores nas grandes empresas de tecnologia atualmente. A situação da Meta não é única, mas serve como um alerta sobre as dinâmicas que podem se estabelecer em ambientes de alta pressão, principalmente em tempos de incerteza econômica.
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