O dólar registrou uma queda significativa nesta quarta-feira, 5 de março de 2025, encerrando o dia com a cotação a R$ 5,81 por volta de 13h10, refletindo uma retração de 1,85%. Essa movimentação no mercado cambial é diretamente influenciada pela evolução do ‘tarifaço’ imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que repercute como o início de uma nova guerra comercial.
Apesar da implementação das novas tarifas, o governo norte-americano indicou a possibilidade de firmar novos acordos com o México e o Canadá, visando reduzir o impacto das taxas impostas.
As operações de câmbio no Brasil estavam suspensas durante o feriado de Carnaval, retornando somente mais tarde nesta quarta-feira. A reabertura das negociações ocorreu às 13h.
O governo dos EUA anunciou tarifas de 25% sobre produtos importados do Canadá e do México, além de aumentar de 10% para 20% as taxas sobre as importações da China.
Os países afetados reagiram rapidamente com medidas de retaliação:
Tais decisões têm potencial para alterar a dinâmica do comércio global, impactando consideravelmente os fluxos de importações e exportações entre diversas nações.
Os efeitos dessas mudanças já foram notados em outros mercados. Na terça-feira, 4 de março, as principais Bolsas de Valores internacionais fecharam em queda, refletindo a ansiedade dos investidores em relação às novas políticas comerciais dos EUA.
Até o momento, o Brasil não foi alvo de tarifas específicas, mas conforme informação do Poder360, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva está acompanhando de perto a evolução dessa situação. Contudo, não existe um plano concreto para enfrentar uma possível tarifa direcionada ao Brasil.
As autoridades brasileiras também estão avaliando a magnitude de uma eventual medida que possa ser imposta por Trump. Independentemente do que ocorrer, as consequências afetarão os principais indicadores de mercado.
Desde sua campanha eleitoral em 2024, Trump tem defendido tarifas para outros países, justificando sua posição com preocupações relacionadas à segurança nas fronteiras e ao trânsito da droga fentanil nos Estados Unidos.
Essas novas tarifas geram tensão com os três maiores parceiros comerciais dos EUA e têm a capacidade de impactar os preços para os consumidores americanos, o que, por sua vez, pode exercer influência sobre os índices de inflação do país.