Compreender quando os humanos reconheceram a existência dos dinossauros é um desafio histórico. Fósseis desses seres já haviam sido encontrados na China antiga, mas eram erroneamente associados a dragões mitológicos. A primeira descrição formal de um dinossauro foi realizada pelo cientista britânico William Buckland, em 1824, quando ele publicou um estudo em uma revista científica.
O reconhecimento do dinossauro como um grupo de animais aconteceu apenas anos depois, quando Richard Owen, em 1842, criou o termo “dinosauria”. Isso demonstra que Buckland, embora seja reconhecido como o primeiro a descrever um dinossauro, não tinha clareza sobre o que eram esses animais. Desde então, o entendimento sobre esses seres foi se ampliando e evoluindo ao longo da história.
William Buckland (1784-1856) foi um importante geólogo e paleontólogo na Universidade de Oxford, Inglaterra. O primeiro dinossauro que ele registrou foi o Megalosaurus, um carnívoro do Jurássico Médio. Buckland obteve seus fósseis a partir de colecionadores, contribuindo para o avanço da paleontologia.
Após ele, outros cientistas se destacaram na descoberta de dinossauros. Gideon Mantell e sua esposa, Mary Ann Mantell, encontraram fósseis durante uma caminhada que levaram à descrição do Iguanodon, o segundo dinossauro conhecido, em 1825. Em 1833, Gideon também descreveu o Hylaeosaurus, um herbívoro do período Cretáceo Inferior.
O termo “dinosauria” foi introduzido por Richard Owen em 1842, quando ele estudou os fósseis que Buckland e o casal Mantell haviam descoberto. A escolha do nome se deu a partir de duas palavras gregas: “deinos”, que significa terrível, e “sauros”, que se traduz como lagarto. Portanto, “dinosauria” pode ser interpretado como “réptil terrível”.
Owen optou por esse termo para destacar o tamanho consideravelmente maior dos dinossauros em comparação a outros répteis da época, levando estudiosos a chamar os dinossauros de “terrivelmente grandes”.
Embora a descrição formal dos dinossauros tenha ocorrido no século XIX, registros de fósseis e pegadas já eram conhecidos por povos indígenas das Américas, África, Ásia e Oceania. Muitos desses fósseis podem ter influenciado as lendas sobre dragões e seres mitológicos em diversas culturas.
No século XVII, muito antes da descrição cientificamente reconhecida dos dinossauros, um osso encontrado em Oxfordshire foi atribuído a um humano gigante por Robert Plot (1640-1696). Ele afirmou que o osso parecia parte de um fêmur humano. Séculos depois, esse mesmo osso foi identificado como pertencente ao Megalosaurus, o primeiro dinossauro descrito da história.
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