O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reforçou a importância do diálogo com a Rússia sobre os acordos de paz na Guerra da Ucrânia. Em um encontro recente, ele expressou confiança de que o presidente russo, Vladimir Putin, honrará os compromissos estabelecidos, particularmente no que diz respeito a um cessar-fogo no conflito armado.
Em uma reunião realizada na quinta-feira (27) com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, Trump discutiu os desenvolvimentos da guerra e o papel da Europa nesta situação. Durante as conversas, Trump declarou: “Tenho fé de que Vladimir Putin vai cumprir os acordos de cessar-fogo e não haverá novos ataques à Ucrânia assim que um acordo de paz for firmado.” Esta afirmação gerou ceticismo por parte de Starmer, que embora apoie a ideia de um cessar-fogo, mencionou que não deve haver vantagens para os agressores.
O ex-presidente americano também se mostrou otimista ao relatar que as negociações entre as partes estão progredindo. Ele anunciou que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o visitará na sexta-feira (28) para assinar um acordo que, segundo Trump, será significativo para ambas as nações: “Nós vamos assinar um acordo realmente muito importante para os dois lados, porque isso realmente vai nos levar para dentro daquele país.”
No entanto, a posição britânica, representada por Starmer, enfatiza que a paz não pode “recompensar o agressor.” A busca por garantias de segurança para a Ucrânia é uma prioridade do premiê britânico, que, juntamente com líderes como Emmanuel Macron, defende o envio de tropas de manutenção da paz para o país após o fim das hostilidades, algo que Moscou considera uma possível ameaça à sua soberania.
Em uma declaração na Rússia, Putin expressou satisfação com o restabelecimento das relações entre os EUA e a Rússia. Ele acusou elites ocidentais de tentarem manter a instabilidade global e alertou os países europeus contra ações que possam sabotar a reaproximação entre as superpotências. A estratégia de Trump se diferencia da proposta de seu antecessor, Joe Biden, que evitava interações diretas com Putin. Ao contrário, Trump busca a negociação direta, buscando uma solução mais efetiva para o conflito.
As expectativas em torno do encontro entre Trump e Zelensky são altas, e especialistas estão atentos às possíveis repercussões de um acordo que poderia dar novos rumos ao conflito na Ucrânia e às relações internacionais. Como o cenário geopolítico continua a evoluir, a próxima reunião promete ser um ponto decisivo nas negociações de paz.