A taxa de desemprego no Brasil escalou para 6,5% no primeiro trimestre de 2025, abrangendo os meses de novembro, dezembro e janeiro. Esse índice representa um aumento em comparação com o 6,2% registrado no trimestre anterior, que englobou agosto, setembro e outubro. A revelação foi feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em uma publicação nesta quinta-feira.
A alta foi de 0,3 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. Comparando aos números do mesmo período do ano anterior, houve uma redução de 1,1 pontos percentuais.
O menor índice de desemprego já registrado na série histórica ocorreu entre setembro e novembro de 2024, quando a taxa alcançou 6,1%.
A pesquisa que embasa esses dados faz parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, que é divulgada mensalmente pelo IBGE. Segundo a pesquisa, cerca de 7,2 milhões de brasileiros estavam em busca de emprego no trimestre que se encerrou em janeiro. Este número representa um aumento em relação aos 6,8 milhões do trimestre anterior e uma queda em relação aos 8,3 milhões registrados um ano atrás.
Embora a taxa de desemprego tenha aumentado no trimestre, ela ainda representa o valor mais baixo para o mesmo período desde o início da série histórica, que começou em 2012. Quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência, a taxa de desemprego era de 7,9%, o que na época foi considerado o menor nível anual desde 2014.
A subutilização se refere àqueles que estão desempregados, aos que trabalham menos do que desejariam ou que deixaram de procurar emprego mesmo estando disponíveis para isso. No trimestre que se encerrou em janeiro, a taxa de subutilização foi de 15,5%, mantendo-se estável em relação ao trimestre anterior e apresentando uma diminuição de 2,0 pontos percentuais em comparação ao mesmo período do ano passado.
Conforme o IBGE, a população subutilizada soma cerca de 18,1 milhões, um número que se manteve estável no último trimestre, mas que representa uma queda de 11% (ou seja, menos 2,2 milhões) em relação ao ano anterior. Dentro do conjunto de subutilizados, a população desalentada – isto é, aqueles que desistiram de procurar emprego por não acreditarem na possibilidade de sucesso – atingiu 3,2 milhões. Este grupo aumentou em 147 mil pessoas no último trimestre, mas caiu em 389 mil no último ano.
Os dados do IBGE também revelaram que a infraestrutura da população ocupada – abrangendo tanto trabalhadores formais quanto informais – registrou uma queda de 0,6% no trimestre que se encerrou em janeiro, em comparação ao trimestre anterior. O Brasil alcançou um total de 103 milhões de brasileiros empregados, o que representa uma diminuição de 641 mil em relação ao trimestre anterior.
No entanto, em comparação com o ano passado, a população ocupada cresceu 2,4%, equivalente a mais 2,4 milhões de empregados. O nível de ocupação, que mede o percentual de pessoas empregadas na população em idade de trabalhar, caiu para 58,2%, em comparação ao 58,7% do trimestre passado e ao 57,3% de um ano atrás.
O número de empregados com carteira assinada no setor privado, excluindo trabalhadores domésticos, permaneceu em 39,3 milhões. Este número se manteve estável em relação ao trimestre anterior e aumentou em 1,4 milhão em relação ao ano passado. Já o número de empregados sem carteira no setor privado foi de 13,9 milhões, com uma diminuição no trimestre (menos 553 mil) e um aumento de 3,2% (mais 436 mil pessoas) em um ano. A taxa de informalidade caiu de 38,9% para 38,3% no trimestre que se encerrou em janeiro, comparando-se a 39,0% no ano anterior, totalizando 39,5 milhões de trabalhadores informais no Brasil.
O rendimento real habitual, que reflete a média de ganhos de todos os trabalhadores, foi de R$ 3.343 no trimestre finalizado em janeiro. Este dado representa um aumento de 1,4% em relação ao trimestre anterior e uma alta de 3,7% em relação ao ano anterior. Além disso, a massa de rendimento real habitual ficou em R$ 339,5 bilhões, mantendo-se estável em comparação ao trimestre anterior, mas aumentando 6,2% (equivalente a R$ 19,9 bilhões) ao longo do ano.