O conceito de "Doença X" gerou certa confusão entre a população, que muitas vezes associa o termo a uma doença específica e a uma ameaça iminente. Entretanto, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde do Brasil, a sigla refere-se a uma potencial doença que pode surgir globalmente, conforme indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A introdução do termo “Doença X” visa fomentar o desenvolvimento de estratégias e inovações tecnológicas que possibilitem um enfrentamento eficaz de possíveis epidemias ou pandemias que possam acontecer no futuro.
A OMS utiliza o termo como uma forma de planejamento para impedir o surgimento de infecções desconhecidas e, assim, garantir a proteção da população em uma escala global.
Embora o conceito esteja mais em evidência agora, ele foi introduzido em 2018, antes do surgimento da pandemia de COVID-19. A urgência em desenvolver uma vacina para a COVID-19 trouxe um novo destaque para o "X".
Organizações de Infectologia e programas voltados para emergências sanitárias notam a importância de priorizar estudos e desenvolvimentos que ofereçam respostas rápidas a novas epidemias.
A OMS mantém uma lista de patógenos (bactérias, vírus, fungos ou parasitas) considerados como potenciais riscos, permitindo que os cientistas mapeiem sua circulação e possíveis mutações.
A preparação para identificar uma possível “doença X” envolve uma atenção rigorosa a esses aspectos. Doenças apontadas por autoridades de saúde em todo o mundo devem ser devidamente divulgadas e esclarecidas.
Para que uma enfermidade seja classificada como “doença X”, alguns critérios são analisados, incluindo sua capacidade de disseminação.
Outros fatores importantes são os danos que a doença pode causar, suas complicações potenciais, taxa de mortalidade e a possibilidade de sequelas.
Especialistas ressaltam a relevância do uso de máscaras por pessoas enfermas, uma prática comum em países como o Japão, e não restrita a períodos de epidemia.
Além disso, a vacinação contra doenças para as quais já existe imunização disponível é uma necessidade contínua em saúde pública, tanto no sistema público quanto privado.
Outro aspecto crucial é garantir que a informação seja compartilhada com base em dados confiáveis, obtidos de fontes oficiais ou de entidades competentes, ao contrário das fake news disseminadas por redes sociais.
O investimento em laboratórios de testes e pesquisa é fundamental para que novos medicamentos e prevenções possam ser desenvolvidos e evoluam adequadamente.
A pandemia de COVID-19 levou à morte de mais de 6,9 milhões de pessoas ao redor do mundo, conforme reportado pela OMS. Contudo, estudos sugerem que o verdadeiro número de vítimas pode ser muito maior, devido à subnotificação e a mortes indiretas associadas ao impacto do vírus.
Pesquisas independentes, como as do Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), indicaram que o total de falecimentos pode ultrapassar os 17 milhões.