O Banco Central (BC) celebra uma virada significativa em seus resultados financeiros. Após enfrentar dois anos consecutivos de prejuízo, a instituição fechou suas contas de 2024 com um impressionante lucro de R$ 270,9 bilhões, um fato que foi recentemente aprovado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Em 2023, o cenário era bem diferente, quando o banco registrou um prejuízo inesperado de R$ 114,2 bilhões. No entanto, o ano de 2024 trouxe boas notícias, principalmente devido à valorização do dólar, que subiu 27,3%. Essa alta teve um impacto direto positivo nas operações cambiais do BC.
O setor cambial gerou um lucro expressivo de R$ 242,8 bilhões em 2024, proveniente de operações como swaps (venda de dólares no mercado futuro) e da variação das reservas internacionais. Esse desempenho extraordinário foi fundamental para que o Banco Central registrasse um resultado positivo.
A soma dos lucros cambiais e operacionais resulta no lucro total de R$ 270,9 bilhões para o ano. O lucro operacional, que abrange os ganhos com as atividades diárias do banco, foi de R$ 28,1 bilhões.
Com a mudança na legislação de 2019, que alterou a destinação dos lucros da autoridade monetária, parte significativa desse lucro será repassada ao Tesouro Nacional. Neste caso, o Tesouro receberá R$ 28,1 bilhões referente ao resulto operacional, que será transferido em até dez dias úteis.
Os lucros cambiais, que totalizaram R$ 242,8 bilhões, não serão transferidos ao Tesouro, mas sim destinados para uma reserva do Banco Central, criada para cobrir eventuais perdas nos anos seguintes. Essa reserva tinha sido esgotada em 2022, após o BC usar R$ 85,9 bilhões do lucro de 2021.
É importante lembrar que o recorde de lucro do Banco Central foi registrado em 2020, quando a instituição angariou R$ 469,61 bilhões. Esse resultado foi impulsionado pela disparada do dólar em decorrência da pandemia de covid-19.
Vale ressaltar que o Banco Central alterou sua frequência de divulgação de balanços. Até 2021, os resultados eram apresentados semestralmente, mas a partir de 2022, a Lei Complementar 179 determinou que os balanços fossem anuais, com divulgação prevista para fevereiro ou março do ano seguinte.
Essas informações não apenas mostram a recuperação do Banco Central após um período conturbado, mas também ressaltam a importância de um gerenciamento eficaz e a adaptabilidade do órgão em tempos de volatilidade econômica. A capacidade do BC de reverter perdas em lucros significativos é um sinal de resiliência e uma esperança para o futuro econômico do Brasil.
Agora que você está atualizado sobre a situação financeira do Banco Central, compartilhe suas opinião nos comentários e não hesite em discutir como isso pode impactar a economia do Brasil nos próximos anos!