Os recibos de ações (ADRs) da Petrobras, negociados na Bolsa de Nova York (NYSE), enfrentaram uma queda de 3,28% por volta das 7h30 no pré-mercado desta quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025. Essa desvalorização é uma reação aos resultados financeiros do quarto trimestre de 2024, que foram divulgados na noite anterior. Neste período, a empresa registrou um prejuízo de R$ 17 bilhões, revertendo o lucro de R$ 31 bilhões obtido no mesmo período do ano anterior.
A significativa reversão nos resultados da Petrobras reflete diversos fatores, incluindo efeitos não recorrentes, como a desvalorização cambial e o aumento nas provisões para despesas operacionais. Esses elementos contribuíram para uma situação financeira desafiadora para a estatal, evidenciada na queda dos seus ADRs.
Além dos resultados negativos, a companhia também anunciou que irá pagar R$ 9,1 bilhões em dividendos, o que equivale a R$ 0,70 por cada ação ordinária e preferencial, programa previsto para ser cumprido entre maio e junho deste ano. Apesar do pagamento de dividendos, analistas apontam que o aumento nos custos e os maiores investimentos feitos nos três últimos meses de 2024 impactaram fortemente a capacidade de geração de caixa da empresa.
Esses resultados refletem o cenário financeiro mais amplo enfrentado pela Petrobras, que tem lidado com pressões tanto internas quanto externas. A empresa também enfrenta desafios associados a fatores macroeconômicos que têm influenciado seu desempenho geral e a percepção do mercado sobre suas ações.
Os investidores estão agora de olho em como a Petrobras irá administrar estes desafios ao longo de 2025 e quais estratégias serão adotadas para melhorar a eficiência operacional e a rentabilidade da companhia, especialmente em um cenário em que os custos continuam a aumentar. O mercado aguarda ainda mais detalhes sobre como esses resultados financeiros impactarão as projeções futuras da estatal.
Com a divulgação desses dados financeiros, ficou evidente que a Petrobras precisa adotar uma abordagem mais eficaz para enfrentar as adversidades do mercado, garantindo que a recuperação da saúde financeira da empresa seja uma prioridade. É fundamental que a gestão da companhia trabalhe em um plano de ação robusto para estabilizar os resultados financeiros e restaurar a confiança dos investidores.