No último dia 16, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um relatório alarmante sobre uma doença misteriosa que já causou a morte de 53 pessoas na República Democrática do Congo, além de infectar cerca de 431 indivíduos. A situação está sob investigação, e o documento destaca a preocupação das autoridades de saúde, uma vez que, em alguns casos, cerca de 48,9% das mortes ocorreram em menos de 48 horas após o início dos sintomas.
Os primeiros casos do surto foram identificados em três crianças que teriam consumido morcegos antes de apresentarem os sintomas. Os sinais identificados incluem:
Esses sintomas são frequentemente associados a febres hemorrágicas, que podem ser causadas por vírus encontrados em animais, como morcegos e roedores. Contudo, a origem da exposição à doença ainda não foi determinada, segundo o relatório da OMS. Além disso, as autoridades não encontraram evidências claras de que a doença está se espalhando entre os locais afetados, levando à hipótese de que os surtos possam estar relacionados a diferentes doenças.
A geografia isolada e a infraestrutura insuficiente para assistência médica agravam a resposta à crise, com os profissionais de saúde enfrentando dificuldades em gerenciar os casos devido à sobrecarga das instalações. A OMS observa que persistem lacunas significativas, incluindo a limitação de laboratórios, a falta de clareza na dinâmica de transmissão e a fragilidade da vigilância sanitária.
Com o intuito de avançar nas investigações, as autoridades enviaram amostras de 13 casos do surto de Bomate para o Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica em Kinshasa, a capital do país. Essas amostras testaram negativo para o vírus Ebola e Marburg, mas algumas resultaram positivas para malária. Assim, a OMS identificou os possíveis diagnósticos a serem investigados, que incluem:
Um relatório anterior da OMS, divulgado em 2022, já havia alertado sobre um crescimento preocupante de 63% no número de surtos de doenças transmitidas de animais para humanos na África. A análise revelou que, entre 2001 e 2022, foram registrados 1.843 eventos de saúde pública na região. Destes, cerca de 30% foram surtos de doenças zoonóticas.
A análise constatou que, nos anos de 2019 e 2020, esses patógenos representaram aproximadamente 50% dos eventos de saúde pública reportados. O Ebola e outras febres hemorrágicas virais somam cerca de 70% desses surtos.
O relatório destacou o aumento populacional e a expansão das áreas urbanas como fatores que podem estar contribuindo para a invasão de habitats de vida selvagem pelos humanos. Essa invasão potencializa as chances de transmissão de doenças de animais para pessoas, o que pode ser o caso da atual doença misteriosa no Congo.
Com a situação atual, a comunidade internacional e as autoridades locais precisam estar atentas para que a resposta aos surtos seja rápida e eficaz. Isso inclui não apenas a identificação e o controle da doença em questão, mas também um maior investimento em infraestrutura de saúde, pesquisa e monitoramento de doenças zoonóticas.
Portanto, é crucial que a população se mantenha informada e que os protocolos de saúde sejam respeitados, ao mesmo tempo em que as pesquisas avançam para esclarecer a natureza e a origem da doença que está causando preocupação no Congo.
Seu papel é importante! Fique atento às atualizações e compartilhe informações relevantes para ajudar na conscientização sobre a saúde pública e na prevenção de surtos semelhantes. Comente abaixo suas opiniões e compartilhe este artigo!