A recente pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), prevista para ser divulgada no dia 25, às 11h, aponta que a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados por tentativa de golpe gera divisões significativas entre os eleitores brasileiros. A CNN teve acesso exclusivo a um trecho da pesquisa, que analisou as percepções de diversos grupos políticos em relação ao assunto.
Entre os entrevistados que se identificam como de direita, a maioria, 54%, acredita que a denúncia tem motivação política. Em comparação, 25% veem uma combinação de fatos e razões políticas, enquanto 12% consideram as acusações como legítimas. Por outro lado, 49% dos que se declaram de esquerda atribuem as acusações a fatos concretos; 26% ponderam que há uma mistura de acusações legítimas com motivações políticas, e 18% enxergam apenas razões políticas por trás das denúncias.
Os eleitores posicionados no centro, tanto centro-esquerda quanto centro-direita, demonstram um comportamento distinto. Conforme a pesquisa, 41% desses eleitores acreditam que há tanto fatos quanto motivações políticas nas denúncias, 30% sustentam que só existem razões políticas, e 20% consideram as acusações legítimas.
A pesquisa CNT de Opinião, que realiza levantamentos há mais de vinte anos, avalia não apenas a percepção sobre o governo e a economia, mas também inclui questões sobre acontecimentos políticos relevantes. Nesta edição, a denúncia da PGR no contexto do inquérito do golpismo ocupou um espaço central.
O levantamento foi conduzido entre os dias 19 e 23 de fevereiro, envolvendo 2.002 pessoas em todo o território nacional.
Além das análises relacionadas à denúncia, a 163ª rodada da Pesquisa CNT de Opinião trará a mais recente avaliação do público sobre o governo e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assim como previsões eleitorais para 2026 e uma análise do cenário econômico atual. A pesquisa chega em um momento em que o governo enfrenta baixa popularidade e a expectativa de uma reforma ministerial.
Outro ponto relevante abordado na pesquisa serão as expectativas da população para os próximos seis meses, considerando áreas como emprego, renda, educação, saúde e segurança, além das percepções sobre a inflação e outros tópicos de interesse nacional.