Na última sexta-feira (21), a ex-presidente Dilma Rousseff foi internada devido a um quadro de neurite vestibular. Esta condição, que afeta o nervo vestibular, é importante entender, especialmente com a situação da ex-presidente ganhando destaque em redes sociais oficiais que informaram que sua internação ocorreu no Shanghai East International Medical Center, em Xangai, na China.
Desde o anúncio de sua internação, os perfis da ex-presidente compartilharam atualizações sobre seu estado de saúde. Nesta terça-feira (25), foi revelado que Dilma respondeu de forma positiva ao tratamento, embora ainda permaneça internada e tenha previsão de alta nos próximos dias.
A neurite vestibular é uma inflamação do nervo vestibular, responsável por levar informações sobre o equilíbrio do ouvido interno para o cérebro. A origem da inflamação normalmente está relacionada a infecções virais, como as causadas pelo herpes simples, gripes ou resfriados comuns.
Os sintomas de neurite vestibular costumam aparecer de maneira abrupta e podem persistir por dias ou até semanas. Os principais sinais incluem:
A maioria das pessoas se recupera completamente, mas em alguns casos, pode haver complicações, como tontura persistente ou vertigem leve que pode durar meses. Além disso, a ansiedade e o medo de quedas são comuns, pois a sensação de desequilíbrio pode minar a autoconfiança do paciente.
Diversas condições e hábitos podem aumentar o risco de desenvolver neurite vestibular. Entre eles estão:
O diagnóstico é frequentemente clínico, fundamentado nos sintomas relatados pelo paciente e no exame físico realizado pelo médico. Para avaliações mais detalhadas, podem ser realizados testes, como o teste de impulso cefálico, que examina a função do reflexo vestíbulo-ocular, ou a videonistagmografia, que analisa os movimentos involuntários dos olhos. Em alguns casos, a ressonância magnética é indicada para excluir outras condições neurológicas, como AVC.
O tratamento geralmente envolve o uso de medicamentos como anti-histamínicos, benzodiazepínicos e antieméticos, que ajudam a controlar a tontura e as náuseas. Além disso, exercícios específicos podem ser recomendados para recuperar o equilíbrio corporal. O repouso e os cuidados nas fases iniciais da doença também desempenham um papel crucial na recuperação.
Muitas pessoas confundem neurite vestibular com labirintite, mas estas condições apresentam diferenças significativas. A neurite vestibular se caracteriza principalmente pela tontura intensa, sem afetar a audição. Por outro lado, a labirintite não só causa tontura, mas também pode levar à perda auditiva e zumbidos no ouvido.
Segundo o National Health Service (NHS) do Reino Unido, se houver comprometimento auditivo, a condição é classificada como labirintite, já que a inflamação no labirinto impacta a audição, ao contrário do que acontece com a inflamação do nervo vestibular.
A neurite vestibular pode impactar significativamente a qualidade de vida do paciente por causa da intensa experiência de tontura e desequilíbrio. Portanto, um diagnóstico rápido e um tratamento adequado são essenciais para uma recuperação satisfatória. Com o devido acompanhamento e algumas medidas preventivas, a maioria das pessoas consegue retornar às suas atividades normais sem maiores dificuldades.
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