O governo brasileiro, sob a liderança de Lula, está se preparando para enfrentar uma nova onda de taxações impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O foco principal é a possibilidade de aumento de impostos sobre aço e alumínio importados, sendo que o Brasil é o segundo maior fornecedor desses produtos para os EUA.
De acordo com informações do Conexão GloboNews, a equipe de relações exteriores do Brasil, em colaboração com o Itamaraty e os ministérios da Indústria, Comércio e Agricultura, está elaborando um plano estratégico com um mapeamento detalhado de produtos que podem ser utilizados para responder a essa iminente medida.
A diplomacia brasileira já avaliou que os produtos em questão, como o aço e o alumínio, fazem parte das prioridades de Trump. Durante seu mandato anterior, o presidente americano já havia imposto taxas sobre esses materiais, e a expectativa é que ele retome essa prática novamente.
Uma fonte do gabinete de relações internacionais do governo ressaltou: "Alguns produtos brasileiros têm impostos de exportação mais altos, outros não. Trump usa a política de sobretaxa sob argumentos frágeis e de consequências graves. Não há uma cobrança linear, no Brasil, de impostos de produtos exportados. Estamos mapeando o que poderia ser acionado para compensar uma eventual sobretaxa do aço e do alumínio, por exemplo."
Além disso, o Brasil optou por aguardar a oficialização das novas tarifas propostas por Trump para decidir precisamente quais produtos estarão na lista de respostas comerciais. O governo quer garantir que suas contramedidas sejam proporcionais à ação americana.
Outra das principais estratégias do governo Lula é expandir as relações comerciais com diversos parceiros internacionais, como a Europa e a China. Há a expectativa de que a pressão comercial que Trump está exercendo possa acelerar a implementação do acordo entre a União Europeia e o Mercosul, fazendo outro player global, a China, assumir um papel mais relevante no cenário econômico mundial.
Este enfoque visa não apenas contrabalançar as perdas potenciais devido às tarifas americanas, mas também fortalecer as alianças e expandir o mercado para os produtos brasileiros em um contexto internacional cada vez mais competitivo.
Assim, a diplomacia brasileira se vê diante de um desafio significativo, buscando alternativas viáveis para mitigar os impactos da política comercial atual dos EUA. A colaboração entre diferentes ministérios e a clareza nas estratégias de retaliação são fundamentais para permitir que o Brasil se resista a restrições e continue a desempenhar um papel ativo no comércio global.
Com o cenário internacional se alterando rapidamente, é fundamental que o Brasil se mantenha vigilante e preparado para se ajustar às movimentações comerciais e políticas que possam surgir ao longo do tempo.