Roberta Flack, uma das mais influentes artistas do gênero soul, famosa pelo sucesso Killing Me Softly With His Song, faleceu aos 88 anos. A informação foi confirmada por um representante da cantora à revista Variety na manhã de 24 de fevereiro de 2025.
A cantora marcou a década de 1970 com uma série de hits que alcançaram o topo das paradas, ao todo, Flack lançou 20 álbuns de estúdio, consolidando-se como uma das vozes mais poderosas da sua geração. Entre seus clássicos paralelos a Killing Me Softly, destaca-se First Time I Ever Saw Your Face, que também é um imortal do seu repertório.
Em um comunicado, sua assessoria expressou: "Estamos tristes pelo falecimento da gloriosa Roberta Flack. Ela morreu pacificamente cercada por sua família. Roberta quebrou limites e recordes, e também era uma educadora orgulhosa."
Em 2022, Flack revelou ter sido diagnosticada com esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma condição que afetou sua capacidade de cantar e falar. O diagnóstico trouxe à tona desafios que a artista enfrentou, sem que detalhes específicos sobre a data do mesmo fossem divulgados.
Reconhecida por seu talento, Flack conquistou quatro prêmios Grammy ao longo da década de 1970. Em 2020, a Academia a homenageou pelo conjunto de sua obra, reconhecendo sua contribuição para a música. Ela se destacou ao ser a primeira artista a vencer duas vezes consecutivas o Grammy de Gravação do Ano, em 1973 e 1974, respectivamente, por suas interpretações de First Time I Ever Saw Your Face e Killing Me Softly With His Song.
Flack foi indicada ao Grammy um total de 13 vezes, recebendo sua última nomeação em 1995 por Roberta, na categoria de melhor performance vocal pop tradicional. Embora tenha se separado de Stephen Novosel em 1972, deixa um legado que inclui seu filho, o músico Bernard Wright.
A composição Killing Me Softly With His Song foi criada por Charles Fox, com letras de Norman Gimbel. A música foi inicialmente gravada por Lori Lieberman em seu álbum de estreia em 1972, apresentando um arranjo mais folk. Entretanto, sua popularidade disparou quando Roberta Flack a ouviu e decidiu interpretá-la.
Em outubro de 1972, ao abrir para Quincy Jones, Flack apresentou a música ao público. "Eu disse 'Bem, eu tenho essa nova música na qual estou trabalhando'... Depois que terminei, o público não parava de gritar. E Quincy disse: 'Ro, não cante mais essa maldita música até gravá-la.'", recordou-se Roberta em uma entrevista à PBS.
A versão de Flack trouxe uma nova abordagem mais soul, onde ela se destacou tanto como vocalista quanto pianista. A canção ganhou ritmo acelerado e um arranjo que se mostrou atraente para as rádios. O resultado foi um sucesso estrondoso, levando Killing Me Softly With His Song a se tornar um hit número um em diversas paradas, incluindo Estados Unidos, Austrália e Canadá.
Além de seu reconhecimento nas paradas, a versão da artista conquistou o Grammy de Gravação do Ano e Melhor Performance Vocal Pop Feminina em 1974. O impacto da música continuou ao longo dos anos, sendo revitalizada nos anos 90 com uma nova versão dos Fugees, que apresentou Lauryn Hill nos vocais.
Após o sucesso da versão dos Fugees, em 1996, Jonathan Peters remixou a faixa de Flack, que também se destacou nas paradas de músicas dançantes daquele ano. Hoje, Killing Me Softly With His Song é reconhecida no Hall da Fama do Grammy e ocupa a 360ª posição na lista das 500 Maiores Músicas de Todos os Tempos da Rolling Stone e a 82ª posição na Billboard.
O legado musical de Roberta Flack perdura, e a sua contribuição para a música é lembrada com carinho e admiração.
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